04 de jun 2025

Pesquisadores identificam novo dinossauro Itaguyra occulta no Brasil, com 237 milhões de anos

Nova espécie de dinossauro, Itaguyra occulta, é descoberta no Brasil, revelando possíveis ancestrais dos Ornitísquios no Triássico.

Foto:Reprodução

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Um novo dinossauro, Itaguyra occulta, foi identificado por pesquisadores brasileiros e argentinos a partir de fósseis encontrados em Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul. A descoberta, datada de 237 milhões de anos, foi publicada na revista Scientific Reports. Os fósseis, que estavam armazenados na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), foram inicialmente classificados como pertencentes aos cinodontes, que são parentes dos mamíferos.

Uma reanálise realizada pelos paleontólogos Voltaire Paes Neto, da UFRGS, e Agustín G. Martinelli, do Museo Argentino de Ciencias Naturales, revelou características típicas dos silessauros, um grupo de dinossauros primitivos. Entre as características identificadas estavam ossos da cintura pélvica, essenciais para a classificação da nova espécie.

Importância da Descoberta

O Itaguyra occulta é considerado uma contribuição significativa para o entendimento da diversidade de dinossauros do Triássico, um período crucial para a evolução dos répteis. Os silessauros, tradicionalmente vistos como parentes próximos dos dinossauros, podem ser os primeiros representantes dos ornitísquios, um grupo de dinossauros quadrúpedes, onívoros ou herbívoros que viveram no final do Triássico.

A pesquisa sugere uma presença contínua dos silessauros na América do Sul durante o Triássico, entre 240 e 233 milhões de anos, um período pouco documentado. Paes Neto afirma que a descoberta preenche uma lacuna temporal importante e reforça a hipótese de que os silessauros podem ser os primeiros ornitísquios.

Nome e Exposição

O nome da nova espécie, Itaguyra, combina palavras do tupi que significam "pedra" e "ave", enquanto occulta refere-se ao fato de os fósseis terem permanecido "escondidos" por décadas. Uma escultura em tamanho real do dinossauro está em exibição no Museu de Paleontologia Irajá Damiani Pinto, no Campus do Vale da UFRGS.

Heitor Francischini, professor do Departamento de Paleontologia e Estratigrafia da UFRGS e coautor do estudo, destaca que a pesquisa ajuda a compreender a fauna, o ambiente e o clima do passado do Rio Grande do Sul. O estudo também avança o conhecimento sobre a origem das duas principais linhagens de dinossauros: os saurísquios e os ornitísquios, cuja origem ainda é um mistério para a ciência.

A pesquisa foi realizada por um grupo de especialistas de várias instituições, incluindo o Museu Nacional/UFRJ e a UFRGS, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) e do projeto INCT-Paleovert.

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