Ciência

29 de jul 2025

Estudo sugere avaliação integrada de riscos para doenças zoonóticas e vetoriais

Estudo alerta para a urgência de unificar avaliações de risco de doenças zoonóticas e transmitidas por vetores diante das mudanças climáticas.

Pesquisadores fizeram um levantamento que chegou a 312 estudos publicados sobre o risco de transmissão para 39 patógenos e doenças (Foto: Biodiversity4all)

Pesquisadores fizeram um levantamento que chegou a 312 estudos publicados sobre o risco de transmissão para 39 patógenos e doenças (Foto: Biodiversity4all)

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André Julião | Agência FAPESP – Um estudo recente publicado na revista One Earth destaca a necessidade de unificar as avaliações de risco para doenças zoonóticas e transmitidas por vetores, como os mosquitos. A pesquisa, liderada por cientistas do Núcleo de Análise e Síntese de Soluções Baseadas na Natureza (BIOTA Síntese), sugere que essa abordagem integrada pode ser crucial para prevenir o aumento dessas doenças, especialmente em um cenário de mudanças climáticas.

Os pesquisadores analisaram 312 estudos sobre 39 patógenos e doenças, revelando que apenas 7,4% das pesquisas consideram os três componentes essenciais de risco: perigo, exposição e vulnerabilidade. Raquel Carvalho, primeira autora do estudo, explica que a falta de padronização nas avaliações compromete a criação de modelos confiáveis que poderiam guiar políticas públicas eficazes.

Recomendações para Políticas Públicas

O artigo propõe recomendações para estruturar as pesquisas nesse campo, enfatizando a importância de definir indicadores específicos para cada componente de risco. Além disso, sugere o redirecionamento de financiamentos internacionais e o fortalecimento da cooperação global para apoiar iniciativas em regiões tropicais.

Os autores também apresentaram suas descobertas ao Plano Estadual de Adaptação e Resiliência Climática (PEARC), que visa coordenar ações do Estado de São Paulo frente aos impactos das mudanças climáticas. As contribuições incluem uma diferenciação clara entre os componentes de risco, que são fundamentais para a identificação de áreas vulneráveis.

Medidas Práticas e Impactos

Entre as medidas práticas recomendadas, destaca-se a necessidade de aprimorar a avaliação de impacto de novos empreendimentos sobre zoonoses, além de fortalecer a rede laboratorial para diagnóstico em fauna silvestre. Os pesquisadores alertam que a falta de segurança hídrica está relacionada ao aumento de doenças transmitidas por vetores, como a dengue, e que campanhas de conscientização são essenciais em áreas de alta densidade populacional.

A pesquisa ressalta que a simples presença de um patógeno não implica necessariamente em alto risco, sendo crucial considerar a exposição humana e a vulnerabilidade para uma avaliação precisa. A intersecção entre os componentes de risco é o que determina a real ameaça à saúde pública.

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