Ciclovia do rio Pinheiros permanece sem luz há 4 meses por impasse com a Enel

A ciclovia da marginal Pinheiros, gerida pela Farah Services, está fechada à noite desde abril devido à falta de iluminação nos postes, um problema que se arrasta desde a doação dos equipamentos pela Enel. O presidente da concessionária, Michel Farah, justificou a decisão como uma medida de segurança, após relatos de colisões entre ciclistas e atropelamentos de capivaras, animais que habitam a região.

Farah espera que a situação seja resolvida em até três meses, embora outros envolvidos evitem estipular prazos. A iluminação, que deveria ser mantida pela Enel, não foi concluída após a mudança de governo, gerando incertezas sobre a responsabilidade pelos custos de energia e manutenção. A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo informou que está em contato com a Enel para solucionar o problema.

Problemas Estruturais

Além da falta de iluminação, a ciclovia enfrenta desafios estruturais. Um trecho foi danificado pela construção da linha 17-ouro do monotrilho, que deve conectar o aeroporto de Congonhas à zona sudoeste. A previsão é que a linha comece a operar experimentalmente no final do primeiro trimestre de 2024. A Farah aguarda a reconstrução do trecho afetado, mas ainda não há acordo sobre quem arcará com os custos.

A vereadora Renata Falzoni (PSB) considera destinar emenda parlamentar para a recuperação da ciclovia, que já recebeu recursos da prefeitura em outras ocasiões. A situação é crítica, com trechos apresentando problemas no piso e desmoronamentos nas laterais, agravados pelo tráfego de caminhões pesados.

Expectativas Futuras

A ciclovia, que foi aberta à noite durante a pandemia para atender trabalhadores de ciclologística, poderá ter seu horário de funcionamento ampliado com a resolução dos problemas de iluminação. Farah destacou que a iluminação também beneficiaria grupos de treinamento, permitindo uma abertura mais cedo.

A situação atual da ciclovia reflete a necessidade urgente de um plano de ação conjunto entre a Farah Services, a Enel e o governo estadual para garantir a segurança e a funcionalidade do espaço, essencial para ciclistas e a mobilidade urbana na região.