Quatro homens são condenados por matar onça-pintada e compartilhar imagens do crime

A Justiça Federal da Argentina condenou quatro homens a dois anos de prisão por matar uma onça-pintada na província de Formosa e compartilhar imagens do ato nas redes sociais. Este é o primeiro julgamento de caça ilegal da espécie no país. O crime ocorreu em julho de 2022.

Os condenados, identificados como Viterman Ponce de León, Walter Hugo Ponce de León, Claudio Hugo Cisneros e Máximo Cisneros, admitiram a responsabilidade. A sentença visa destacar o impacto da caça ilegal sobre a onça-pintada, uma espécie ameaçada de extinção. Desde 2001, a onça-pintada é protegida como Monumento Natural Nacional e, desde 2018, como Monumento Natural Provincial em Formosa. Estima-se que restem apenas cerca de 250 indivíduos da espécie na Argentina.

Impacto da Caça Ilegal

A organização Greenpeace comemorou a decisão judicial como um avanço na luta contra a caça ilegal. Contudo, a ONG alertou para outras ameaças, como o desmatamento no Gran Chaco, que também afeta a sobrevivência do animal. Hernán Giardini, coordenador da Campanha Florestas Andinas do Greenpeace, defendeu que a destruição das florestas seja tipificada como crime para proteger o habitat da onça-pintada.

O caso teve início quando os homens, armados e acompanhados por cães, procuravam uma vaca perdida. Ao encontrarem o animal morto, se depararam com a onça-pintada, que atacou e matou dois cães. Claudio Cisneros disparou contra o felino, que foi morto. Após o ato, os homens tiraram fotos ao lado do corpo do animal e consumiram sua carne.

A Onça-Pintada

Considerada o terceiro maior felino do mundo, a onça-pintada pode pesar mais de 100 quilos e medir mais de dois metros de comprimento. Com uma musculatura potente, é capaz de derrubar presas grandes, como jacarés e antas, utilizando a força das mandíbulas. Além disso, o animal é ágil, escalando árvores e nadando com destreza.

A condenação dos quatro homens representa um marco na proteção da onça-pintada, mas a luta contra a caça ilegal e a preservação do habitat da espécie continuam sendo desafios significativos.