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Peixe pré-histórico de 310 milhões de anos tinha dentes na língua e no céu da boca

Fóssil de peixe revela adaptação de dentes na língua há 310 milhões de anos, muito antes do que se pensava sobre evolução marinha

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Fóssil de Platysomus parvulus, datado de mais de 300 milhões de anos, apresenta dentes na língua e no céu da boca, evidenciando o mecanismo de “mordida da língua” (Foto: Reprodução)
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  • Pesquisadores da Universidade de Birmingham descobriram um fóssil de peixe chamado Platysomus parvulus, datado de 310 milhões de anos, em rochas do período Carbonífero na Inglaterra.
  • O fóssil apresenta dentes no céu da boca e na língua, funcionando como uma segunda mandíbula para triturar presas duras, como crustáceos e insetos aquáticos.
  • Até agora, acreditava-se que adaptações semelhantes, conhecidas como “tongue bite”, surgiram apenas 150 milhões de anos depois.
  • A descoberta sugere que essa adaptação ocorreu logo após a extinção em massa do fim do Devoniano, um período que eliminou muitas espécies marinhas.
  • O Platysomus parvulus representa uma transição evolutiva importante entre peixes com mandíbulas simples e linhagens posteriores que utilizavam a mordida da língua.

Pesquisadores da Universidade de Birmingham descobriram um fóssil de peixe chamado Platysomus parvulus, datado de 310 milhões de anos, em rochas do período Carbonífero, na Inglaterra. Este achado revela uma adaptação surpreendente: dentes localizados no céu da boca e na língua, funcionando como uma segunda mandíbula. Essa estrutura permitia ao peixe triturar presas de cascos duros, como crustáceos e insetos aquáticos.

Até agora, acreditava-se que adaptações como a “tongue bite” surgiram apenas 150 milhões de anos depois, em peixes mais modernos. O sistema, que envolve dentes adicionais em ossos do esqueleto branquial, oferece um reforço interno para agarrar e esmagar presas, ampliando a dieta dos peixes. Espécies atuais, como o bonefish e algumas trutas, ainda utilizam versões desse mecanismo.

Implicações Evolutivas

A descoberta do Platysomus parvulus indica que a natureza já experimentava soluções inovadoras muito antes do que se imaginava. Os pesquisadores sugerem que essa adaptação surgiu logo após a extinção em massa do fim do Devoniano, um período que eliminou muitas espécies marinhas. Essa fase foi marcada por uma explosão de inovações evolutivas entre os peixes com nadadeiras raiadas, grupo que inclui a maioria das espécies conhecidas hoje.

O Platysomus representa um elo entre peixes com mandíbulas simples e linhagens posteriores que dependiam da mordida da língua para se alimentar. Essa transição destaca como, em momentos de crise ecológica, os animais testaram rapidamente novas estratégias de sobrevivência, revelando a resiliência e a adaptabilidade da vida aquática ao longo da história.

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