Em Alta NotíciasConflitoseconomiaFutebolrelações internacionais

Converse com o Telinha

Telinha
Oi! Posso responder perguntas apenas com base nesta matéria. O que você quer saber?
Entrar

Matemática contribui para soluções inovadoras na preservação do meio ambiente

Pesquisadores aplicam ecologia quantitativa para modelar reações de ecossistemas às mudanças climáticas e eventos extremos

Telinha
Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Foto: Reprodução
0:00 0:00
  • A ecologia quantitativa combina biologia, matemática e computação para entender ecossistemas e prever fenômenos naturais.
  • Pesquisadores Caio Mattos e João Lucas Burginski aplicam essa abordagem para estudar a resposta dos ecossistemas às mudanças climáticas.
  • A metodologia envolve modelos matemáticos e simulações para prever eventos como extinções e incêndios florestais.
  • Burginski, mestrando da Universidade Federal do Paraná, utilizou essa integração em um projeto sobre a distribuição de caramujos na Mata Atlântica.
  • A observação em campo e a análise matemática são essenciais para entender a complexidade dos ecossistemas, especialmente em tempos de crise climática.

A ecologia quantitativa se destaca como uma área inovadora que une biologia, matemática e computação para compreender ecossistemas e prever fenômenos naturais. Pesquisadores como Caio Mattos e João Lucas Burginski estão aplicando essa abordagem para entender como os ecossistemas reagem às mudanças climáticas.

A proposta central da ecologia quantitativa é utilizar modelos matemáticos e simulações para prever eventos como a extinção de espécies ou a resposta de florestas a incêndios. Segundo Mattos, coordenador do Programa de Formação em Ecologia Quantitativa do Instituto Serrapilheira, essa área é uma conversa transdisciplinar que combina conhecimentos de ecologia, física, matemática e computação. Ele destaca que questões complexas sobre ecossistemas só podem ser respondidas com essa abordagem.

A integração entre observações em campo e análises matemáticas é fundamental. Mattos explica que a observação fornece dados reais, enquanto a matemática organiza essas informações e a computação projeta cenários futuros. Essa metodologia se torna ainda mais relevante em um contexto de degradação ambiental e crise climática, onde eventos extremos, como secas e furacões, ocorrem com maior frequência.

Aplicações Práticas

O mestrando João Lucas Burginski, da Universidade Federal do Paraná, vivenciou essa integração em um projeto na Mata Atlântica. A equipe investigou a distribuição de caramujos em uma praia, utilizando coleta de campo, análises estatísticas e modelos computacionais. A simulação revelou que o padrão de distribuição só ocorreria em locais com grande variação de maré, o que não se aplicava ao local estudado.

Burginski ressalta que a matemática é intrínseca à ecologia, com muitas teorias fundamentais surgindo de modelos matemáticos. Para Mattos, a tendência é que a ecologia se torne cada vez mais integradora, unindo números e narrativas. Ele afirma que a matemática é essencial para lidar com a complexidade dos ecossistemas, mas nunca deve substituir a observação cuidadosa da natureza.

Comentários 0

Entre na conversa da comunidade
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela; a responsabilidade é do autor da mensagem. Conecte-se para comentar

Veja Mais