Uma menina palestina de dois anos, Habiba al-Askari, conseguiu deixar a Faixa de Gaza em busca de tratamento médico emergencial após semanas de espera. A evacuação ocorreu em uma missão especial do exército jordaniano, após intensas negociações em Amã, conforme relatado por um oficial jordaniano. A autorização inicial para o tratamento de Habiba foi concedida […]
Uma menina palestina de dois anos, Habiba al-Askari, conseguiu deixar a Faixa de Gaza em busca de tratamento médico emergencial após semanas de espera. A evacuação ocorreu em uma missão especial do exército jordaniano, após intensas negociações em Amã, conforme relatado por um oficial jordaniano. A autorização inicial para o tratamento de Habiba foi concedida em janeiro, mas Israel atrasou a evacuação por mais de duas semanas, segundo organizações internacionais.
Habiba foi internada na unidade de terapia intensiva do Hospital Nasser, em Gaza, com uma infecção pulmonar, e sua condição se agravou rapidamente. Os médicos suspeitam que a menina tenha deficiência de proteína C, uma condição genética que causa coagulação excessiva do sangue. A situação se complicou, levando à possibilidade de amputação de sua perna direita e risco de sepse. O pediatra americano Mohamed Kuziez destacou a falta de recursos diagnósticos em Gaza, dificultando o tratamento adequado.
Após a autorização final, a família de Habiba foi transferida para a passagem de fronteira de Kerem Shalom, onde uma equipe médica jordaniana aguardava. A menina foi levada para a Jordânia pela ponte Rei Hussein, onde um helicóptero a transportou para um hospital em Amã. A evacuação foi marcada por atrasos e dificuldades, com a mãe de Habiba, Rana, expressando sua angústia em vídeo enquanto se despedia da filha.
A situação de Habiba é um reflexo da crise humanitária em Gaza, onde mais de 2,5 mil crianças necessitam de evacuação médica urgente. Apesar de algumas autorizações, a Organização Mundial da Saúde estima que entre 12 mil e 14 mil pessoas ainda aguardam tratamento. O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu a retirada imediata dessas crianças, ressaltando a gravidade da situação em Gaza, onde o sistema de saúde está em colapso devido ao prolongado cerco e bombardeios.
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