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DNA denisovano pode ter influenciado a migração dos primeiros humanos nas Américas

Estudo revela que variante do gene MUC19, de origem denisovana, pode ter influenciado a migração dos nativos americanos para as Américas

Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Foto: Reprodução
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  • Um estudo recente identificou uma variante do gene MUC19, de origem denisovana, em nativos americanos.
  • A pesquisa foi realizada por cientistas da Universidade do Colorado e da Universidade Brown.
  • O gene MUC19 está relacionado à produção de proteínas na saliva e no muco, que ajudam na defesa contra microrganismos.
  • A variante denisovana foi encontrada em populações do México, Peru, Porto Rico e Colômbia, indicando que foi trazida pelos primeiros humanos nas Américas.
  • A presença do gene sugere uma adaptação imunológica que pode ter conferido vantagens aos primeiros habitantes do continente.

Os denisovanos, hominídeos que coexistiram com os sapiens, foram identificados em 2010 na caverna de Denisova, na Rússia. Um novo estudo revela que uma variante do gene MUC19, de origem denisovana, está presente em nativos americanos e pode ter influenciado a migração para as Américas, sugerindo uma adaptação imunológica.

A pesquisa, realizada por cientistas da Universidade do Colorado e da Universidade Brown, analisou o material genético de populações de países como México, Peru, Porto Rico e Colômbia. O gene MUC19 é responsável pela produção de proteínas na saliva e no muco, que atuam como uma primeira linha de defesa contra microrganismos. A variante denisovana do gene apresenta mutações em relação à versão comum encontrada em europeus.

A presença dessa variante em nativos americanos, bem como em restos mortais de indivíduos que viveram antes da chegada dos europeus, confirma que essa característica genética foi trazida pelos primeiros humanos nas Américas. A alta frequência do gene sugere que ele foi selecionado positivamente pelo ambiente, possivelmente conferindo alguma vantagem imunológica aos primeiros habitantes do continente.

Emília Huerta-Sánchez, professora na Universidade Brown e uma das autoras do estudo, destaca que essa descoberta mostra como cruzamentos ancestrais ainda podem ter efeitos na biologia atual. O gene MUC19 denisovano está localizado em uma região do DNA que contém material de origem neandertal, indicando que a variante pode ter sido transmitida aos humanos através de cruzamentos com neandertais na Eurásia.

Fernando Villanea, pesquisador da Universidade do Colorado, explica que essa herança genética é como um “Oreo”, com o recheio denisovano e biscoitos neandertais. Essa descoberta abre novas possibilidades para entender a evolução humana e a adaptação a diferentes ambientes ao longo da história.

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