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Estudo revela que brasileiros não precisam de proteína extra na dieta diária

Estudo revela que consumo excessivo de proteínas e ultraprocessados prejudica saúde dos brasileiros e desvia foco de uma dieta equilibrada

Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
A proteína, nutriente presente em alimentos como carnes, feijões, ovo e lácteos, aparece em excesso na rotina da população brasileira (Foto: Reprodução)
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  • Os brasileiros consomem mais proteínas do que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mas 78,6% da população nas capitais não atingem a ingestão adequada de frutas, legumes e verduras.
  • A OMS recomenda 0,8 grama de proteína por quilo de peso corporal. Para um adulto de 70 quilos, isso equivale a cerca de um bife de 185 gramas.
  • Apenas 3% dos 20% mais pobres do Brasil estão abaixo do nível recomendado de ingestão de proteínas.
  • O foco excessivo em proteínas pode prejudicar a saúde, afetando funções renais e hepáticas e aumentando o risco de doenças cardiovasculares.
  • O consumo elevado de ultraprocessados, que muitas vezes contêm alegações de alto teor proteico, é uma preocupação, pois esses produtos podem ter excessos de sódio, açúcar e gordura.

Os brasileiros estão consumindo mais proteínas do que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mas, ao mesmo tempo, 78,6% da população nas capitais não atingem a ingestão adequada de frutas, legumes e verduras. Essa informação é parte do estudo “O mito do déficit proteico”, publicado na Revista de Saúde Pública em fevereiro de 2023.

A OMS recomenda 0,8g de proteína por quilo de peso corporal, o que equivale a cerca de um bife de 185g para um adulto de 70kg. A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) revela que apenas 3% dos 20% mais pobres do Brasil estão abaixo desse nível. Os pesquisadores alertam que o foco excessivo em um único nutriente, como a proteína, pode ser prejudicial, desviando a atenção da necessidade de uma dieta equilibrada.

Armadilhas da Dieta Moderna

A nutricionista Nadine Marques, coautora do estudo, destaca que o corpo humano requer uma variedade de nutrientes para funcionar adequadamente. O excesso de proteínas pode comprometer a saúde, afetando funções renais e hepáticas, além de aumentar o risco de doenças cardiovasculares. Erika Carvalho, presidente do Conselho Federal de Nutrição, observa que a popularidade da proteína está ligada a influenciadores digitais que promovem dietas e suplementos, muitas vezes sem formação adequada.

O consumo elevado de ultraprocessados, que frequentemente contêm alegações de alto teor proteico, também é uma preocupação. Mariana Ribeiro, nutricionista do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), ressalta que muitos produtos são rotulados como saudáveis, mas na verdade são ultraprocessados, com excessos de sódio, açúcar e gordura.

Riscos do Consumo Excessivo

Um estudo recente sugere que o risco cardiovascular pode aumentar com a ingestão de proteínas acima de 22% do total de calorias diárias, o que equivale a 110g em uma dieta de 2.000 kcal. Atualmente, as proteínas representam 18% do valor energético total diário da população brasileira. A mensagem é clara: um padrão alimentar diversificado é essencial para a saúde, e a ênfase excessiva em proteínas pode levar a desequilíbrios nutricionais significativos.

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