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Cientistas resgatam DNA de bactérias de mamute com mais de um milhão de anos

Estudo revela DNA de bactérias em restos de mamutes, sugerindo novas causas para sua extinção e interações microbianas em sua saúde

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Pé de um mamut encontrado em Belaya Gora, na Sibéria (Foto: Reprodução)
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  • Cientistas descobriram que mamutes viveram até 4.000 anos atrás na ilha Wrangel, no Ártico.
  • Um estudo recente isolou DNA de bactérias em restos de mamutes com até 1,1 milhão de anos.
  • A pesquisa analisou 483 restos, incluindo dentes e ossos, e identificou seis grupos de bactérias.
  • Algumas bactérias, como a *Pasteurella*, estão associadas a infecções graves, podendo ter afetado a saúde dos mamutes.
  • O estudo pode ajudar a entender as interações microbianas e a ecologia desses animais extintos.

Cientistas revelaram novas informações sobre os mamutes que viveram até 4.000 anos atrás na ilha Wrangel, no Ártico. Um estudo recente isolou DNA de bactérias em restos de mamutes com até 1,1 milhão de anos, oferecendo insights sobre a saúde e a extinção desses animais.

A pesquisa, publicada na revista *Cell*, analisou 483 restos de mamutes, incluindo dentes, presas e ossos. Os pesquisadores identificaram seis grupos de bactérias, algumas associadas a infecções graves, como a *Pasteurella*, que pode ser letal para elefantes modernos. A presença de bactérias como a *Erysipelothrix* sugere que os mamutes podem ter enfrentado infecções, embora a possibilidade de colonização benigna também não possa ser descartada.

O bioinformático David Díez del Molino, coautor do estudo, destacou as dificuldades na análise de amostras antigas, algumas com pouco DNA de mamute. O geneticista Love Dalén, líder da pesquisa, enfatizou que essa descoberta abre novas possibilidades para explorar a biologia de espécies extintas, permitindo investigar as comunidades microbianas que coexistiram com os mamutes.

Implicações da Pesquisa

O estudo levanta questões sobre a possibilidade de recuperar bactérias antigas. O geneticista Nicolás Rascován, que revisou a pesquisa, alertou que os dados atuais não são suficientes para determinar se as bactérias eram inofensivas ou se contribuíram para a extinção dos mamutes. Ele ressaltou que, embora a pesquisa abra portas para entender a ecologia microbiana de espécies extintas, a recuperação de bactérias patogênicas ainda está longe de ser uma realidade.

Além disso, a pesquisa pode ajudar a entender como os microrganismos ajudaram os mamutes a se adaptarem a diferentes ambientes e se estiveram envolvidos em sua extinção. O estudo representa um avanço significativo na compreensão das interações microbianas em animais pré-históricos, ampliando o conhecimento sobre a saúde e a ecologia dos mamutes.

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