- A Organização Mundial da Saúde estima que cerca de 970 milhões de pessoas no mundo convivem com doenças mentais, com a depressão e a ansiedade sendo as mais comuns.
- O financiamento federal para pesquisas nessa área é incerto.
- O casal Patricia e James Poitras doou R$ 8 milhões para o Poitras Center, vinculado ao Instituto McGovern do MIT, para pesquisas sobre doenças mentais.
- Os novos projetos do centro investigarão esquizofrenia, depressão e o uso de ketamina como antidepressivo.
- Desde 2007, o casal já contribuiu com mais de R$ 46 milhões para pesquisas em distúrbios psiquiátricos, promovendo avanços significativos na área.
A Organização Mundial da Saúde estima que cerca de 970 milhões de pessoas no mundo convivem com doenças mentais, com a depressão e a ansiedade sendo as mais prevalentes. Diante da incerteza no financiamento federal para pesquisas nessa área, o casal Patricia e James Poitras anunciou um investimento de 8 milhões de dólares para o Poitras Center, focando em inovações no tratamento de doenças mentais.
Os novos projetos do centro, vinculado ao Instituto McGovern do MIT, abordarão temas como esquizofrenia, depressão e o uso da ketamina como antidepressivo. James Poitras, presidente do conselho do instituto, destacou que o financiamento federal raramente apoia pesquisas ousadas e em estágio inicial, que podem transformar a compreensão das doenças psiquiátricas.
Desde a fundação do Poitras Center em 2007, o casal já contribuiu com mais de 46 milhões de dólares para pesquisas em distúrbios psiquiátricos. O centro tem promovido avanços significativos, como o desenvolvimento de um “calculador de risco” para o transtorno bipolar e o uso de imagens cerebrais para prever resultados de tratamentos para a ansiedade.
Novas Iniciativas
Os novos projetos incluem investigações sobre como a fala interna e o raciocínio afetam os sintomas da esquizofrenia. Pesquisadores coletarão dados de ressonância magnética funcional de indivíduos diagnosticados com a doença para identificar padrões de atividade cerebral relacionados a disfunções cognitivas.
Outro estudo, liderado pelo professor Mark Harnett, examinará como a ketamina altera circuitos cerebrais para melhorar rapidamente o humor em pacientes com depressão resistente ao tratamento. A pesquisa busca mapear as mudanças na comunicação sináptica e na dinâmica de redes cerebrais.
Além disso, o professor Guoping Feng está utilizando um novo modelo animal para investigar os circuitos cerebrais associados ao transtorno depressivo maior. Essa abordagem visa identificar genes e tipos celulares envolvidos na regulação do humor, com o objetivo de desenvolver tratamentos mais eficazes.
Essas iniciativas refletem o compromisso do Poitras Center em acelerar descobertas científicas e inovações terapêuticas no campo das doenças mentais, oferecendo esperança a famílias afetadas por essas condições.