- Pesquisadores do Centro de Câncer Johns Hopkins Kimmel desenvolveram um novo teste urinário para detectar câncer de próstata.
- O teste utiliza três biomarcadores: TTC3, H4C5 e EPCAM, permitindo um diagnóstico não invasivo.
- A pesquisa analisou amostras de urina de 341 pacientes, incluindo saudáveis e com câncer, antes e depois da cirurgia.
- O novo método pode reduzir biópsias desnecessárias e melhorar a precisão do diagnóstico, especialmente quando os níveis de PSA estão normais.
- O teste também diferencia o câncer de próstata de outras condições, como prostatite e hiperplasia prostática benigna.
Pesquisadores do Centro de Câncer Johns Hopkins Kimmel e de outras instituições desenvolveram um novo teste urinário que promete revolucionar o diagnóstico do câncer de próstata. Este método, que utiliza três biomarcadores, pode detectar a doença de forma não invasiva, reduzindo a necessidade de biópsias e aumentando a precisão dos diagnósticos.
Os cientistas analisaram amostras de urina de 341 pacientes, incluindo indivíduos saudáveis e aqueles com câncer de próstata, antes e depois da cirurgia. Eles identificaram três biomarcadores — TTC3, H4C5 e EPCAM — que mostraram eficácia na detecção do câncer. O TTC3 está relacionado à divisão celular em células cancerígenas, enquanto o H4C5 modula a estrutura da cromatina. O EPCAM é uma proteína frequentemente superexpressa em diversos cânceres.
O câncer de próstata é uma das principais causas de morte entre homens nos Estados Unidos. Tradicionalmente, o diagnóstico é feito por meio de exames de sangue que medem o PSA, uma proteína que pode indicar a presença da doença. No entanto, esse método não é específico e frequentemente leva a biópsias desnecessárias. Ranjan Perera, diretor do Centro de Biologia de RNA do Johns Hopkins, destaca que o novo teste pode reduzir intervenções desnecessárias e melhorar a precisão do diagnóstico, especialmente em casos onde o PSA está em níveis normais.
Além disso, o teste demonstrou capacidade de diferenciar o câncer de próstata de outras condições, como prostatite e hiperplasia prostática benigna (HPB). Christian Pavlovich, coautor do estudo, enfatiza a importância de biomarcadores não baseados em PSA, ressaltando que a coleta de urina é simples e prática.
Os pesquisadores validaram o teste com mais de mil amostras e acreditam que ele pode facilitar o tratamento precoce para pacientes que realmente necessitam. O próximo passo envolve testes independentes em outras instituições para aprimorar ainda mais essa abordagem diagnóstica.