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Adoçantes artificiais podem contribuir para o declínio das funções cognitivas

Estudo revela que alto consumo de adoçantes artificiais acelera declínio cognitivo em brasileiros, especialmente abaixo de 60 anos

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Adoçantes estão associados à aceleração do declínio cognitivo (Foto: Reprodução)
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  • Um estudo publicado na revista Neurology associa o alto consumo de adoçantes artificiais a um declínio cognitivo mais rápido entre brasileiros.
  • A pesquisa, realizada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, analisou dados de mais de 12 mil participantes ao longo de oito anos.
  • Os participantes foram divididos em grupos de consumo alto, médio e baixo, com resultados mostrando que o declínio cognitivo foi 62% mais acelerado entre os de consumo alto.
  • Os efeitos foram mais significativos em pessoas com menos de 60 anos, afetando principalmente habilidades de linguagem e desempenho cognitivo global.
  • A autora Claudia Suemoto recomenda moderação no consumo de adoçantes e sugere reeducação do paladar para opções menos açucaradas.

Um novo estudo publicado no periódico Neurology revela que o alto consumo de adoçantes artificiais está associado a um declínio cognitivo mais rápido entre brasileiros, especialmente em indivíduos com menos de 60 anos. A pesquisa, realizada por cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), analisou dados de mais de 12 mil participantes ao longo de oito anos.

Os pesquisadores monitoraram o consumo de sete tipos de adoçantes, incluindo aspartame e sacarina. O estudo não incluiu a sucralose, que não era amplamente disponível no Brasil quando a pesquisa começou, em 2008. No entanto, estudos anteriores já associaram a sucralose a reduções no desempenho cognitivo.

Os participantes foram divididos em três grupos com base no consumo de adoçantes: alto (191 mg/dia), médio (65 mg/dia) e baixo (20 mg/dia). Os resultados mostraram que o declínio cognitivo foi 62% mais acelerado entre os de consumo alto em comparação aos de consumo baixo, representando um declínio equivalente a cerca de um ano e meio. No grupo de consumo médio, a queda foi 35% mais rápida.

Efeitos em Grupos Específicos

Os efeitos foram mais pronunciados em pessoas com menos de 60 anos, afetando principalmente habilidades de linguagem e desempenho cognitivo global. Dos sete adoçantes analisados, seis mostraram associação com o declínio cognitivo, exceto o tagatose.

A autora sênior do estudo, Claudia Suemoto, destacou que, embora a pesquisa indique uma correlação, mais estudos são necessários para estabelecer uma relação de causalidade. Ela mencionou que em modelos animais, o consumo de adoçantes resultou em inflamação cerebral e morte neuronal.

Recomendações e Implicações

Claudia recomenda moderação no consumo de adoçantes e sugere reeducar o paladar para opções menos açucaradas. O estudo levanta preocupações sobre a segurança dos adoçantes artificiais, que são frequentemente promovidos como alternativas saudáveis ao açúcar. O médico americano Thomas Monroe Holland comentou que os achados podem levar a uma reavaliação das recomendações dietéticas, questionando a segurança dos adoçantes de baixa ou nenhuma caloria.

A pesquisa brasileira se junta a um crescente corpo de evidências sobre os impactos dos aditivos alimentares na saúde cerebral, sugerindo que a moderação no consumo de adoçantes artificiais é prudente.

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