- Os custos de cobertura de saúde devem aumentar 9% em 2026, o maior crescimento em 15 anos.
- Em agosto, os custos médicos subiram 4,2% em relação ao ano anterior, superando a inflação geral de 2,9%.
- As consultas médicas aumentaram 3,5% e os serviços hospitalares e ambulatoriais, 5,3%.
- Mais da metade das empresas consultadas pela Mercer considera repassar esses custos aos funcionários.
- O preço dos medicamentos deve subir 12% no próximo ano, com tratamentos de câncer e obesidade liderando os aumentos.
A inflação na saúde está se tornando uma preocupação significativa, com os custos de cobertura médica projetados para aumentar 9% em 2026, o maior crescimento em 15 anos. Esse cenário surge em meio a um aumento contínuo nos gastos com saúde, que já impactam as finanças de grandes empregadores.
Em agosto, os custos médicos subiram 4,2% em relação ao ano anterior, superando a inflação geral de 2,9%. As consultas médicas tiveram um aumento de 3,5%, enquanto os serviços hospitalares e ambulatoriais saltaram 5,3%. Esses aumentos estão diretamente ligados ao crescimento dos custos de seguros de saúde, que podem resultar em aumentos significativos nas mensalidades para os trabalhadores.
Aumento de Custos e Repercussões
Empresas estão considerando repassar parte desses custos aos funcionários. Mais da metade das empresas consultadas pela Mercer indicou que pode transferir esses aumentos, embora a maioria busque alternativas para cortar despesas. Ellen Kelsay, presidente do Business Group on Health, afirmou que os empregadores estão explorando todas as opções antes de repassar custos aos empregados.
Os preços dos medicamentos também estão em alta, com um aumento projetado de 12% para o próximo ano, após um aumento de 11% neste ano. Medicamentos para tratamento de câncer e obesidade, como os da Novo Nordisk e Eli Lilly, são os principais responsáveis por essa elevação. Kelsay destacou que o tratamento de câncer continua a ser a principal causa de aumento nos custos de saúde.
Acesso e Desafios
Com a crescente demanda por medicamentos para perda de peso, muitas empresas estão ajustando os critérios de elegibilidade e buscando formas mais acessíveis de fornecer esses tratamentos. Dados mostram que o uso de opções diretas ao consumidor, como farmácias online, está aumentando, mas isso pode deixar trabalhadores de baixa renda sem acesso.
Empregadores estão pressionando as gestoras de benefícios farmacêuticos por melhores opções e considerando novos modelos de pagamento para medicamentos. A situação atual representa um desafio significativo para empregadores e gestores de benefícios, que precisam encontrar soluções que equilibrem custos e acesso a tratamentos essenciais.