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Nova quimioterapia para câncer de pâncreas é testada pela primeira vez no Brasil

Técnica de microperfusão isolada melhora qualidade de vida de paciente com câncer de pâncreas no Brasil, reduzindo efeitos colaterais da quimioterapia

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Equipe de radiologia intervencionista realiza procedimento em paciente (Foto: Reprodução)
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  • Uma nova técnica de quimioterapia, chamada microperfusão isolada, foi aplicada pela primeira vez no Brasil em uma paciente de 84 anos com câncer de pâncreas.
  • O tratamento foi realizado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, e visa isolar a circulação arterial na área do tumor.
  • A técnica permite a aplicação de quimioterápicos de forma mais concentrada, reduzindo os efeitos colaterais.
  • Após quatro sessões, a paciente apresentou melhora significativa na qualidade de vida, recuperando peso e tônus muscular, sem os efeitos adversos comuns da quimioterapia tradicional.
  • A microperfusão isolada é uma alternativa promissora para pacientes que não podem ser operados, e pesquisas clínicas nos Estados Unidos estão avaliando sua eficácia.

Uma nova técnica de quimioterapia, chamada microperfusão isolada, foi aplicada pela primeira vez no Brasil em uma paciente de 84 anos com câncer de pâncreas. O tratamento, realizado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, visa isolar a circulação arterial na área do tumor, permitindo a aplicação de quimioterápicos de forma mais concentrada e reduzindo os efeitos colaterais.

A paciente, que já havia enfrentado quimioterapia sistêmica com severos efeitos adversos, relatou uma melhora significativa na qualidade de vida após quatro sessões com a nova técnica. Segundo o radiologista intervencionista Francisco Leonardo Galastri, a paciente recuperou peso e tônus muscular, além de não apresentar os efeitos colaterais comuns da quimioterapia tradicional, como fadiga e queda de cabelo.

O câncer de pâncreas é uma das formas mais agressivas da doença, frequentemente diagnosticada em estágios avançados, com apenas 20% dos pacientes elegíveis para cirurgia no momento do diagnóstico. A microperfusão isolada é uma alternativa promissora para aqueles que não podem ser operados, permitindo uma maior concentração do medicamento diretamente no tumor.

Potencial da Técnica

Pesquisas clínicas em andamento nos Estados Unidos estão avaliando a eficácia da microperfusão isolada. A técnica já é utilizada em outros tipos de câncer, mas sua aplicação no câncer de pâncreas é inovadora. O procedimento envolve a inserção de um cateter com balões que isolam a área tumoral, permitindo a infusão do quimioterápico por 20 a 40 minutos.

A oncologista Maria Ignez Braghiroli, da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, ressalta que, embora os resultados iniciais sejam promissores, mais estudos são necessários para confirmar a eficácia e a redução de efeitos colaterais em uma população maior de pacientes.

O câncer de pâncreas representa cerca de 5% das mortes por câncer no Brasil, com aproximadamente 12 mil óbitos registrados em 2021. O aumento do risco está associado a fatores como envelhecimento, obesidade e condições genéticas. A microperfusão isolada pode oferecer uma nova esperança para pacientes que enfrentam essa doença devastadora.

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