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Relatório aponta que diferença entre longevidade e saúde é desafio do século

Relatório do IESS indica que a diferença entre longevidade e vida saudável pode alcançar 16 anos até 2035, com a obesidade afetando 46% dos beneficiários.

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Por Revisado por Time de Jornalismo Portal Tela
Estudo aponta soluções para envelhecimento saudável (Foto: Reprodução)
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  • O relatório do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) aponta que a lacuna entre longevidade e vida saudável pode chegar a 16 anos até 2035.
  • Atualmente, a diferença média global entre expectativa de vida e tempo sem doenças é de 9,6 anos.
  • A obesidade deve afetar 46% dos beneficiários de saúde suplementar até 2030, representando quase 10% dos gastos com saúde.
  • O custo médio por beneficiário deve aumentar de R$ 2,2 mil em 2020 para R$ 3,1 mil em 2030, um crescimento de 42%.
  • O IESS sugere mudanças na medicina preventiva e um novo modelo de remuneração baseado em resultados de saúde.

A lacuna entre longevidade e vida saudável se torna um desafio crescente para a saúde pública, conforme aponta um novo relatório do IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar). O estudo revela que, sem intervenções significativas, essa disparidade pode chegar a 16 anos até 2035, impactando a sustentabilidade dos sistemas de saúde.

Atualmente, a diferença global entre a expectativa de vida e o tempo vivido sem doenças é de 9,6 anos. A obesidade, que já representa quase 10% dos gastos com saúde suplementar, poderá afetar 46% dos beneficiários até 2030. O custo médio por beneficiário deve aumentar de R$ 2.200 em 2020 para R$ 3.100 em 2030, um crescimento de 42% em uma década, enquanto o PIB per capita deve crescer apenas 7,7% no mesmo período.

José Cechin, superintendente executivo do IESS, destaca que as doenças crônicas, especialmente a obesidade, são preveníveis e devem ser foco de uma nova abordagem em medicina preventiva. Felipe Delpino, pesquisador do IESS, reforça que a implementação de práticas de prevenção é crucial para reverter essa tendência. O estudo sugere ainda a adoção de telessaúde e a reorganização de ambientes urbanos como parte das soluções.

Desafios e Propostas

O relatório também critica o modelo atual de remuneração por procedimentos, que perpetua altos custos e fragmentação no tratamento de doenças crônicas. O IESS propõe um modelo baseado em valor, que prioriza resultados em saúde ao invés da quantidade de procedimentos realizados. Essa mudança visa alinhar os incentivos econômicos com os objetivos de saúde populacional.

Além disso, o setor de saúde suplementar enfrenta um aumento significativo nas reclamações, que cresceram 263% entre 2018 e 2023. A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) estuda a criação de um plano de saúde simplificado, mas o MPF (Ministério Público Federal) questiona a eficácia dessa proposta, alertando para o risco de sobrecarga no SUS.

A situação exige uma resposta coordenada e inovadora para garantir que a população envelheça com saúde, evitando o desenvolvimento precoce de doenças crônicas.

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