Regulação dos vapes é a solução mais eficaz contra o uso indiscriminado
Cresce o número de fumantes e o uso de vapes no Brasil, desafiando políticas de saúde pública e exigindo nova abordagem regulatória

Homem usa cigarro eletrônico (Foto: Carl Recine/Reuters)
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Uma pesquisa do Ministério da Saúde revelou um aumento preocupante no número de fumantes no Brasil, que subiu pela primeira vez desde 2007. O levantamento, divulgado no final de abril, indica que 2,6% dos adultos — cerca de 4 milhões de pessoas — utilizam dispositivos eletrônicos, como vapes, o maior percentual em cinco anos. Esses produtos são proibidos no país desde 2009, e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforçou essa proibição no ano passado.
A ilegalidade dos vapes no Brasil levanta questões sobre a segurança dos usuários, uma vez que não há controle sanitário sobre os dispositivos em uso. A falta de regulamentação transfere o consumo para ambientes clandestinos, aumentando o risco toxicológico e dificultando as estratégias de educação em saúde. Embora a nicotina não seja considerada cancerígena, ela causa dependência e pode afetar a saúde cardiovascular e cognitiva.
A Necessidade de Regulamentação
A regulamentação dos dispositivos eletrônicos não deve ser vista como um incentivo ao uso, mas como uma forma de proteger a saúde dos usuários e prevenir o acesso de novos consumidores. Em países que já adotaram essa abordagem, como Reino Unido e Canadá, as taxas de tabagismo têm diminuído. A experiência histórica da Lei Seca nos Estados Unidos, que resultou no fortalecimento do mercado ilegal, serve como um alerta sobre os efeitos de proibições absolutas.
Com o aumento do uso de vapes e a reversão da tendência de queda no tabagismo, é essencial que o Brasil reavalie suas políticas antitabagistas. A adoção de uma abordagem de redução de danos pode ser uma solução viável, promovendo um futuro mais seguro e baseado em evidências científicas.
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