Planos de saúde devem incluir cobertura para implante anticoncepcional
Implante contraceptivo Implanon será coberto por planos de saúde e SUS distribuirá 1,8 milhão de unidades até 2026, com investimento de R$ 245 milhões

Priscila Braga, coordenadora do Projeto Acolhe, aplica o Implanon em Nicole Nunes, de 19 anos (Foto: Roberto Moreyra/Agência O Globo)
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Os planos de saúde no Brasil passarão a cobrir o implante contraceptivo Implanon a partir de 1º de setembro. A decisão foi aprovada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e se aplica a mulheres entre 18 e 49 anos. Essa medida segue a legislação que exige a inclusão de tecnologias incorporadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) no rol das operadoras de saúde em até 60 dias.
O Ministério da Saúde já havia anunciado a oferta do Implanon na rede pública, com a expectativa de distribuir 1,8 milhão de unidades até 2026, sendo 500 mil apenas neste ano. O investimento total será de aproximadamente R$ 245 milhões. O Implanon é um implante subdérmico que previne a gravidez indesejada por até três anos, liberando o hormônio etonogestrel na corrente sanguínea.
O dispositivo, que mede 4 cm por 2 mm, deve ser inserido sob a pele do braço por um profissional de saúde qualificado. A eficácia do Implanon é de 99,95%, a maior entre os métodos contraceptivos disponíveis. Tássia Ginciene, diretora de Relações Institucionais da Organon Brasil, destacou que a incorporação do Implanon é um avanço significativo para a escolha informada de métodos contraceptivos pelas mulheres.
Atualmente, o SUS oferece outros métodos contraceptivos, como preservativos, anticoncepcionais orais e DIU de cobre. No entanto, apenas o DIU de cobre possui ação de longa duração, enquanto os preservativos também protegem contra Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Após o período de três anos, o implante deve ser removido, e a fertilidade da mulher retorna rapidamente, caso decida engravidar.
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