14 de ago 2025
Dispositivo capta pensamentos em tempo real ao reconhecer senha 'chittychittybangbang'
Cientistas decodificam fala interna em tempo real, abrindo novas possibilidades de comunicação para pessoas com paralisia severa

Uma mulher com tetraplejia, durante o experimento, com o texto que devia imaginar (acima) e a leitura de seu pensamento (abaixo). (Foto: Emory BrainGate Team)
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Cientistas da Universidade de Stanford decodificaram, pela primeira vez, frases completas de fala interna em tempo real, utilizando um dispositivo implantado no cérebro. O sistema reconhece 125.000 palavras com uma precisão de 74%, permitindo que quatro pessoas com paralisia severa imaginem frases sem esforço físico para falar.
Os pesquisadores implantaram microeletrodos na região do córtex motor de três indivíduos com esclerose lateral amiotrófica e uma mulher com tetraplegia, que enfrentava dificuldades de comunicação após um AVC. O estudo, publicado na revista Cell, destaca que essa tecnologia é um avanço significativo em relação a experimentos anteriores, que exigiam tentativas de fala.
Proteção da Privacidade Mental
Para garantir a privacidade mental dos usuários, a equipe projetou um sistema que ativa a leitura cerebral apenas quando os participantes imaginam uma senha complexa, como "chittychittybangbang". O neurocientista Benyamin Abramovich enfatiza que essa abordagem inovadora é eficaz para evitar vazamentos de pensamentos internos.
A pesquisa ocorre em um contexto onde a proteção da privacidade mental é uma preocupação crescente. O neurocientista Rafael Yuste alerta sobre os riscos de tecnologias que conectam diretamente o cérebro à internet, defendendo a necessidade urgente de legislações que protejam os direitos neurológicos e os dados neurais. Iniciativas já foram implementadas em países como Chile e Brasil.
Avanços em Neurotecnologia
Embora a ideia de dispositivos não invasivos para leitura de pensamentos ainda esteja distante, os avanços em neurotecnologia, como os realizados em Stanford, abrem novas possibilidades para a comunicação de pessoas com deficiências severas. A pesquisa representa um passo significativo na compreensão e decodificação da fala interna, com implicações éticas que precisam ser cuidadosamente consideradas.
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