15 de ago 2025
Conheça a história dos celulares flips e suas mudanças com o tempo
Os modelos começaram como telefones apenas para ligação e evoluíram até smartphones com telas touch

Motorola foi pioneira na criação de telefones *flip* - Foto: Divulgação/Motorola
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Hoje em dia, é normal ver pessoas abrindo e dividindo seus celulares em mais de uma parte logo que os tiram do bolso. Esse hábito parecia ter acabado com após a febre dos celulares flip, mas a tecnologia trouxe de volta esses modelos que misturam a praticidade dos antigos dobráveis com os recursos dos smartphones modernos, e eles logo se tornaram comuns novamente.
Mas o que hoje é comum, antigamente parecia coisa de outro mundo: um celular com tela touch que dobra? Impossível! No começo, muita gente olhou para eles com desconfiança, achando que seria apenas mais uma ideia exagerada das empresas e que acabariam gastando dinheiro com um aparelho fraco e de tela frágil.
Com o tempo, a percepção geral mudou graças a novas inovações e lançamentos. A menos de um mês, no dia 24 de julho, a Samsung apresentou o Z Flip e o Z Fold 7, os mais recentes da sua linha de celulares dobráveis. Já no início do ano, a Motorola lançou o Razr 60, também da linha de aparelhos que dobram.
Atualmente, Samsung e Motorola são as maiores empresas nesse segmento, que seguem lançando novidades e aprimorando seus aparelhos. Mas nem sempre foi assim, já que antigamente, o mercado de flip phones era mais amplo e competitivo, e esses celulares eram a sensação do momento, ao contrário dos modelos atuais, que funcionam mais como um diferencial dos smartphones comuns.
O início dos telefones flip veio com a Motorola, que se tornou referência nesse modelo desde então. Tudo começou com o MicroTac, em 1989, um aparelho grande, no estilo “tijolão”, com antena de sinal e teclado numérico usado apenas para ligações. A novidade estava na base, com um mecanismo que dobrava e cobria o painel numérico.
Mas o primeiro celular flip como conhecemos surgiu apenas sete anos depois, em 1996, também pela Motorola, com o StarTAC. Ele era mais compacto, tinha uma pequena tela LCD e dobrava a parte superior, protegendo o teclado e o visor. Em 1998, a Motorola lançou seu sucessor, o Motorola V, apelidado de Vader ou Wings, ainda mais compacto e com uma tela maior.
A partir daí, a ideia principal já estava consolidada, e outras empresas começaram a seguir o conceito. Um exemplo é o Ericsson T28, lançado em 1999. Também dobrável, ele tinha um teclado numérico, uma pequena tela LCD e um mecanismo de mola para abrir o flip.
Também em 1999, a Samsung entrou no mercado com o SGH-600. Como os outros modelos, era um telefone com capa dobrável que protegia o teclado numérico e trazia uma pequena tela LCD.
Foi em março de 2023 que a Samsung trouxe uma novidade ao mercado com o V200, um celular dobrável com tela LCD de 1,5 polegada e câmera de 0,35 megapixels, se tornando o primeiro celular dobrável a ter câmera. A empresa sul-coreana seguiu no mercado com o E-700, conhecido pelo design elegante e apelidado de “Benz Phone” por lembrar os carros da Mercedes-Benz.
Em 2004, um dos celulares flip mais famosos foi lançado: o Motorola V3. Sendo um dos celulares mais vendidos da história, com 130 milhões de unidades comercializadas, o V3 revolucionou o mercado com um teclado desenhado a laser e design mais fino, que o tornou referência na época.
A Nokia também teve destaque nesse mercado, especialmente com o 6101, lançado entre 2005 e 2006. Apesar de problemas com volume e conexão ao computador, o modelo marcou época com um display de 1,8 polegada e 4,4 MB de memória compartilhada.
Ainda em 2006, a Sony lançou o Ericsson Z610. O aparelho tinha duas câmeras de 2 megapixels, uma tela de 176x220 pixels, Bluetooth e um design moderno, com parte da carcaça com acabamento espelhado.
Em 2008, a Motorola voltou a inovar, desta vez com o modelo U9, de design arredondado e compacto. O destaque do aparelho foi sua tela externa, próxima à câmera, que era responsiva ao toque. O modelo ganhou ainda mais visibilidade graças à parceria com a cantora Fergie, que estrelou um comercial e disponibilizou músicas junto ao aparelho.
Com o tempo, as inovações diminuíram e os flips perderam espaço para os smartphones e suas telas touch que cada vez mais dominavam o mercado. Em 2015, a LG lançou o Wine Smart, um celular flip com teclado voltado para quem buscava uma experiência moderna sem perder a essência do modelo, incluindo o sistema Android, mas o dispositivo não teve tanta relevância.
Porém, tudo mudou em 2019, quando a Motorola lançou o Razr, um smartphone com tela totalmente dobrável, uma grande inovação para a época considerando que também era touch screen. A Samsung entrou na onda com o Z Fold, que, em vez de compactar o celular, o ampliava e permitia ao usuário abrir o aparelho e usá-lo como uma espécie de tablet.
Mas eles sofreram no começo, principalmente por causa da fragilidade das telas, já que a tecnologia touch screen dobrável ainda era recente, além dos preços elevados.
Com o tempo, os problemas técnicos foram resolvidos e hoje a linha Razr já está na quarta geração, com o Razr 60. A Samsung, por sua vez, já conta com sete gerações, atualmente no Z Flip/Fold 7.
A tecnologia permitiu que os telefones flip evoluíssem e trouxessem desde novas inovações até reformulações modernas. No fim, a febre dos flips nunca desapareceu, apenas se reinventou, e mostraram que ter um aparelho dobrável, seja por conforto ou praticidade, pode continuar na moda por muito tempo.
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