Cultura

Claudia Alarcón destaca-se na arte contemporânea com tecelagens Wichí em exposições internacionais

Claudia Alarcón e o coletivo Silät estão transformando a tecelagem Wichí em arte reconhecida internacionalmente, desafiando estigmas.

Foto:Reprodução

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Claudia Alarcón, artista Wichí, tem ganhado destaque internacional com suas obras de tecelagem yica, uma técnica ancestral que aprendeu com sua família. Recentemente, suas criações foram exibidas em importantes bienais e museus, como a Bienal de Veneza e a Bienal de São Paulo.

A tecelagem yica, que resulta em tecidos que são parte essencial da cultura Wichí, foi historicamente vista como artesanato. Alarcón e o coletivo Silät buscam mudar essa percepção, apresentando suas obras como arte contemporânea. O crítico Barry Schwabsky descreveu suas criações como “inesquecíveis”.

A artista, que nasceu em La Puntana, Argentina, destaca a importância da yica em sua vida e na cultura Wichí. “Nossas yicas estão sempre conosco”, afirmou Alarcón. Sua trajetória é marcada por desafios, incluindo a falta de apoio do governo argentino, mas ela continua a promover o conhecimento ancestral de sua comunidade.

Reconhecimento Internacional

O trabalho de Alarcón e Silät tem atraído a atenção de curadores e críticos, resultando em exposições em locais como o James Cohan Gallery em Nova York e o Museu de Arte de São Paulo. A curadora Andrei Fernández tem sido fundamental para elevar o perfil da artista, ajudando a mostrar a relevância cultural de suas obras.

As tecelagens de Alarcón são caracterizadas por formas geométricas e cores vibrantes, refletindo a tradição Wichí. A artista enfatiza que suas criações não são apenas exercícios formais, mas sim uma expressão contínua de sua cultura. “Essas figuras não correspondem a períodos específicos; sempre foram parte do presente para nós”, explicou Fernández.

Impacto na Comunidade

A formação do coletivo Silät, que significa “mensagem” em Wichí, representa um avanço significativo para as mulheres da comunidade. Elas agora têm autonomia para definir preços e direcionar os lucros para suas famílias. Desde a criação do grupo, o número de participantes cresceu para cerca de cem mulheres.

Alarcón e suas colegas têm trabalhado em conjunto, muitas vezes envolvendo várias gerações em suas criações. Essa prática não apenas preserva a tradição, mas também promove um espaço de diálogo e empoderamento. “Queremos continuar mostrando nosso conhecimento ancestral”, concluiu Alarcón.

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