Cultura

Gueixas de Tóquio celebram centenário do Azuma Odori e preservam arte em risco

Gueixas de 19 regiões do Japão se reúnem em Tóquio para o Azuma Odori, celebrando um século de arte em risco de extinção.

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Gueixas celebram centenário do Azuma Odori em Tóquio

Entre os dias 21 e 27 de maio, gueixas de 19 regiões do Japão se apresentarão no Azuma Odori, um espetáculo que comemora cem anos de tradição. O evento ocorrerá no Shinbashi Enbujo, um teatro emblemático de Tóquio, e reunirá as últimas representantes dessa arte em declínio.

As gueixas, tradicionalmente vistas como guardiãs da cultura japonesa, enfrentam um declínio significativo em sua popularidade. Atualmente, o bairro de Shinbashi conta com cerca de quarenta gueixas, que se dedicam a preservar suas danças e músicas sob a supervisão de professores. O escritor e especialista em cultura japonesa, Hisafumi Iwashita, destaca que muitos japoneses ainda têm uma compreensão limitada sobre o verdadeiro papel das gueixas, frequentemente confundidas com estereótipos negativos.

Koiku, uma das gueixas de Shinbashi, explica que a função delas vai além de dançar e cantar. "Estamos ali para acolher e entreter os clientes nos restaurantes tradicionais chamados ryotei", afirma. Para se tornar uma gueixa competente, são necessários cerca de dez anos de treinamento. O Azuma Odori oferece ao público uma rara oportunidade de apreciar essa arte, com apresentações que destacam a diversidade de estilos regionais.

O espetáculo, que teve sua primeira edição em 1925, foi destruído durante a Segunda Guerra Mundial e reconstruído em 1948. Desde então, o Azuma Odori tem sido um importante ponto de encontro para a cultura das gueixas, mas sua popularidade começou a diminuir nas décadas de 1950 e 1960, quando o público passou a preferir entretenimentos mais simples.

Iwashita aponta que o futuro da profissão é incerto, especialmente após a crise econômica de 1993, quando o primeiro-ministro Morihiro Hosokawa pediu o fim dos jantares oficiais nos ryotei. Essa mudança impactou severamente a clientela das gueixas. "O número de gueixas tem diminuído constantemente", lamenta Koiku, ressaltando a necessidade urgente de encontrar soluções para preservar essa tradição.

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