Museu Egípcio do Cairo vai permitir que visitantes sintam cheiros de múmias antigas

Visitantes do Museu Egípcio do Cairo poderão sentir os aromas das múmias em uma nova experiência imersiva. Cientistas das Universidades de Londres e Liubliana descobriram que múmias egípcias ainda exalam cheiros agradáveis após cinco mil anos. A pesquisa revelou que esses aromas incluem notas amadeiradas, doces e picantes, desafiando a expectativa de odores fétidos.

O estudo foi motivado pelo interesse em entender as substâncias utilizadas na mumificação. Os cientistas utilizaram uma técnica semelhante à dos fabricantes de perfumes para extrair os aromas. Os cheiros foram armazenados em cartuchos a vácuo, preservando suas características. A análise dos odores permitiu identificar o estado de conservação das múmias.

Os pesquisadores categorizaram os aromas em quatro grupos: cheiros de óleos e ceras de embalsamento, plantas conservantes, pesticidas tóxicos e degradação microbiana. A mumificação, prática comum no Antigo Egito, visava preparar os corpos para a vida após a morte, garantindo que as almas tivessem um corpo em bom estado.

Os cientistas planejam recriar os aromas encontrados para que os visitantes do museu possam vivenciar os costumes do Egito Antigo. Além disso, pretendem aprofundar suas investigações sobre as técnicas de mumificação utilizadas na época. Essa inovação promete enriquecer a experiência dos visitantes, proporcionando uma nova forma de conexão com a história egípcia.