27 de mai 2025

Centro de História e Cultura Yoruba desafia museus tradicionais em Lagos
Centro John Randle transforma a narrativa da cultura Yoruba em Lagos, desafiando museus ocidentais com exposições interativas e vibrantes.
Foto:Reprodução
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O Centro John Randle para História e Cultura Yoruba foi inaugurado em outubro no bairro Onikan, em Lagos, Nigéria. O espaço desafia a narrativa ocidental sobre a cultura africana, oferecendo uma experiência interativa e vibrante da cultura Yoruba.
O centro, projetado pela firma de arquitetura SI.SA, apresenta exposições dinâmicas e tecnologia de ponta. O arquiteto Seun Oduwole destaca que o local é uma "manifestação viva" da cultura Yoruba, contrastando com o Museu Nacional, que possui uma abordagem "eurocêntrica". O centro busca celebrar a cultura, ao invés de apenas objetificá-la.
Uma das principais atrações é o Lander Stool, um artefato emprestado do Museu Britânico. Este objeto, símbolo do debate sobre a restituição de bens culturais africanos, foi solicitado pelo governo do estado de Lagos em 2019. O curador Dr. Will Rea enfatiza a importância de apresentar a cultura Yoruba de forma colorida e dinâmica, refletindo a realidade contemporânea.
Exposições Interativas
O espaço do centro é projetado para que apenas um quarto da área seja dedicado a artefatos. A narrativa da exposição é dividida em quatro partes, começando com mitos e lendas, passando por costumes modernos e culminando em uma visão do futuro da cultura Yoruba. O uso de tecnologia permite que visitantes se transformem em figuras da cultura Yoruba, como os Egúngún e os deuses Orisha.
O centro também incorpora a língua Yoruba em suas exibições, com textos em destaque. O design arquitetônico reflete elementos da cultura, utilizando materiais que imitam os pisos de vilas Yoruba e simbolizando a circularidade da vida. O objetivo é criar um espaço que ressoe com a diáspora Yoruba, promovendo orgulho cultural.
Impacto Cultural
O Centro John Randle se posiciona como um novo modelo de museu, onde a cultura Yoruba é apresentada de forma vibrante e acessível. O espaço visa não apenas educar, mas também inspirar um senso de pertencimento entre os visitantes. O projeto é uma resposta à representação frequentemente limitada da África em museus ocidentais, buscando uma narrativa mais rica e diversificada.
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