Influenciadores saqueiam patrimônio arqueológico e prejudicam história da Colômbia
Influencers promovem saques de bens arqueológicos na Colômbia, resultando em apreensão de 144 peças. ICANH alerta sobre danos irreparáveis ao patrimônio.
Foto:Reprodução
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Civilizações humanas habitam a atual Colômbia há pelo menos 15 mil anos, mas o patrimônio arqueológico enfrenta ameaças crescentes. Recentemente, a Polícia e a Promotoria apreenderam 144 bens arqueológicos em Huila, onde influencers promoviam o saque de peças antigas. O Instituto Colombiano de Antropologia e História (ICANH) alerta para os danos irreparáveis ao patrimônio histórico e a urgência de educação sobre preservação.
Os objetos apreendidos, que incluem cerâmicas e ferramentas de pedra, datam entre 300 a 1530 anos antes de Cristo. Os influencers, que buscavam visibilidade nas redes sociais, exibiam os itens em suas contas, ignorando o valor histórico e cultural das peças. Alhena Caicedo, diretora do ICANH, enfatiza que o valor dos objetos está no contexto em que foram encontrados, não apenas nas peças em si.
A prática de guaquería, que envolve a busca e o saque de tesouros, é considerada ilegal e causa danos significativos ao patrimônio. O ICANH recebe, em média, dois a três relatos por semana sobre atividades similares. Em vídeos, os influencers mostram suas "explorações", muitas vezes danificando os objetos. Um deles, por exemplo, quebrou uma vasija ao escavar de forma inadequada.
A falta de conhecimento sobre a importância do contexto arqueológico leva a perdas irreparáveis. A antropóloga Rubiela Duarte, do ICANH, destaca que muitos achados podem ter pertencido a ajuares funerários, mas a falta de escavações profissionais impede a confirmação. O ICANH planeja trabalhar com as autoridades locais para que os objetos sejam exibidos em um museu, permitindo que a população aprecie o patrimônio cultural.
A situação exige uma reflexão sobre a guaquería e suas consequências. Educação e conscientização são fundamentais para que a população compreenda a importância de preservar o patrimônio arqueológico, evitando práticas que possam comprometer a história da Colômbia.
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