14 de jan 2025
América Latina registra alta de 4,1% nas exportações de bens em 2024, aponta BID
O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) prevê crescimento de 4,1% nas exportações da América Latina em 2024, após queda de 1,6% em 2023. O aumento é impulsionado pela elevação de 3,6% para 6,9% nas quantidades exportadas, apesar da estagnação nos preços. Argentina e Uruguai se recuperam de secas, enquanto a Guiana se beneficia do setor petrolífero. O Brasil, por outro lado, enfrenta queda de 0,8% nas exportações, revertendo crescimento de 1,7% em 2023. Economista do BID alerta para a necessidade de reformas para aumentar a produtividade e promover exportações.
Levantamento do BID mostra avanço das exportações da América Latina (Foto: Jonne Roriz/Bloomberg)
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O valor das exportações de bens da América Latina deve crescer 4,1% em 2024, após uma queda de 1,6% em 2023, segundo o relatório "Estimativas de Tendências Comerciais da América Latina e do Caribe 2025", divulgado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O aumento é impulsionado pela aceleração no crescimento dos volumes exportados, que saltaram de 3,6% em 2023 para 6,9% em 2024, em um cenário de estagnação dos preços.
O desempenho da América do Sul foi considerado positivo, especialmente após a significativa contração do ano anterior e a queda nos preços de várias commodities. Paolo Giordano, economista do BID, destacou que não há sinais de recuperação sustentada nas exportações da região e enfatizou a necessidade de reformas e investimentos para aumentar a produtividade e promover o comércio internacional.
Em 2024, a Argentina e o Uruguai se recuperaram da seca que impactou suas exportações em 2023, enquanto a Guiana se beneficiou do crescimento do setor petrolífero. Por outro lado, o Brasil enfrentou dificuldades, com uma estimativa de queda de 0,8% nas exportações, revertendo o crescimento de 1,7% em 2023. A diminuição das quantidades embarcadas foi compensada pela queda nos preços, conforme apontado por Giordano.
As perspectivas comerciais para o Brasil são descritas como "moderadamente otimistas". Giordano observou que o panorama global é marcado por incertezas, mas a valorização do dólar pode ajudar a sustentar os preços das commodities e a competitividade das exportações industriais.
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