15 de jan 2025
Brasil registra um dos piores déficits nominais do mundo em controle de contas públicas
O Brasil enfrenta déficits nominais alarmantes, superando a média de emergentes. Estimativas do BTG Pactual projetam déficit de 8,6% do PIB em 2025. A dívida pública deve alcançar 86% do PIB até 2026, um aumento significativo. O déficit nominal médio do governo atual será de 8,2% do PIB durante o mandato. O cumprimento das metas fiscais depende de receitas incertas e medidas restritivas.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (Foto: Washington Costa/MF/Divulgação)
Ouvir a notícia:
Brasil registra um dos piores déficits nominais do mundo em controle de contas públicas
Ouvir a notícia
Brasil registra um dos piores déficits nominais do mundo em controle de contas públicas - Brasil registra um dos piores déficits nominais do mundo em controle de contas públicas
O Brasil enfrenta um cenário preocupante em relação ao controle do nível de endividamento, com o déficit nominal previsto para 2024 e 2025 sendo um dos mais altos do mundo, alcançando 8,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, segundo estimativas do BTG Pactual. Esse indicador, que reflete a diferença entre receitas e despesas do governo, incluindo o pagamento de juros, é crucial para avaliar a saúde das contas públicas. O relatório aponta que o Brasil só ficará atrás da Bolívia, que registrou um déficit de 10,9% do PIB em 2023.
As projeções indicam que o déficit nominal médio do governo atual será de 8,2% do PIB, um aumento em relação à média de 7% entre 2019 e 2022. O estudo do BTG destaca que, apesar de um cenário base que sugere o cumprimento das regras fiscais em 2024, a dívida pública deve continuar a crescer, podendo atingir 86% do PIB até o final de 2026, um aumento de 14 pontos percentuais durante a gestão atual.
Além disso, o cumprimento da meta fiscal e do limite de crescimento das despesas em 2025 está condicionado a receitas incertas e a medidas de ajuste fiscal. O governo projeta R$ 178 bilhões em receitas que ainda não estão garantidas, mas o BTG considera apenas R$ 60 bilhões em sua previsão, devido à resistência do Congresso em aprovar novos impostos e à incerteza sobre a adesão do setor privado a certas medidas.
Esses dados revelam um quadro desafiador para a economia brasileira, com a necessidade de um controle mais rigoroso sobre as contas públicas e a busca por soluções que garantam a sustentabilidade fiscal a longo prazo.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.