Economia

Governo Trump promete oportunidades ao agro brasileiro com foco em exportações

Donald Trump iniciou seu segundo mandato com foco em políticas protecionistas. Exportações agropecuárias brasileiras cresceram 32,3% durante seu primeiro governo. Produtos florestais representam 40% das receitas brasileiras nos EUA. Especialistas alertam para possíveis barreiras tarifárias em alguns produtos. O desempenho do agro pode ser afetado por mudanças no comércio internacional.

Alguns segmentos do agro brasileiro parecem animados com um possível efeito positivo do governo Trump sobre as vendas do Brasil ao mercado americano. (Foto: Michael Reynolds-Pool/Getty Images)

Alguns segmentos do agro brasileiro parecem animados com um possível efeito positivo do governo Trump sobre as vendas do Brasil ao mercado americano. (Foto: Michael Reynolds-Pool/Getty Images)

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Donald Trump assumiu a presidência dos Estados Unidos pela segunda vez nesta segunda-feira, 20 de janeiro de 2024, prometendo priorizar os interesses de empresas e trabalhadores americanos. Essa abordagem, que ele define como "patriótica", é vista como protecionista por opositores e pode impactar diretamente o comércio internacional, especialmente com o Brasil. O setor agropecuário brasileiro demonstra otimismo em relação a um possível aumento nas vendas para os EUA, impulsionado pelo crescimento de 32,3% nas exportações durante o primeiro mandato de Trump, totalizando 7,7 milhões de toneladas.

As exportações brasileiras para os EUA geraram uma receita de US$ 6,9 bilhões em 2020, um aumento de 11,3% em relação ao início do governo Trump. Esse crescimento foi favorecido pelas tarifas impostas pelos EUA sobre produtos chineses, que resultaram em um aumento das vendas brasileiras, especialmente de soja, que alcançou 60,8 milhões de toneladas exportadas para a China em 2020. O segmento de produtos florestais, que inclui papel e celulose, representa cerca de 40% das receitas do Brasil com os EUA, com um crescimento de 36,3% nas exportações durante o primeiro mandato de Trump.

Entretanto, especialistas alertam que o novo governo pode trazer desafios. Pesquisadores da Fundação Getulio Vargas destacam que, embora haja oportunidades no mercado chinês, produtos brasileiros, como papel e celulose, podem enfrentar barreiras tarifárias. O volume de exportações de café também cresceu 20,6% durante o primeiro mandato de Trump, mas a receita aumentou menos de 1%, atingindo US$ 1,03 bilhão. Por outro lado, o mercado de sucos e lácteos viu quedas significativas nas exportações.

Embora o desempenho do agro brasileiro tenha sido positivo, não há garantias de que isso se repetirá no segundo mandato de Trump. As oscilações naturais nas colheitas de café e a dinâmica do mercado podem influenciar as exportações, que, sob a administração Biden, já mostraram um aumento histórico em 2022, com 471,5 mil toneladas de café exportadas. O cenário permanece incerto, e o impacto das políticas de Trump sobre o agro brasileiro será monitorado de perto.

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