Economia

Aumento no ICMS pressiona preços dos combustíveis e gera expectativa de reajustes

Aumento do ICMS em combustíveis a partir de 1º de fevereiro pressiona preços. Diferença de preços entre Petrobras e mercado internacional chega a R$ 0,85/litro. Gasolina e diesel devem ter reajustes de até 15% para alinhar preços internos. Valorização do dólar e aumento do ICMS impactam inflação e setores da economia. Projeção de inflação para 2025 foi elevada de 4,2% para 5,0% pelo Itaú.

Carro é abastecido em posto de gasolina (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

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Os combustíveis no Brasil terão aumento de preços a partir de 1º de fevereiro, com o ICMS sobre gasolina e etanol subindo R$ 0,10 por litro, totalizando R$ 1,47. O diesel e o biodiesel também sofrerão elevações, de R$ 0,06 por litro, chegando a R$ 1,12, o que representa aumentos de 7,1% e 5,3%, respectivamente. Apesar da Petrobras não seguir o Preço de Paridade Internacional (PPI), a diferença entre os preços internos e externos é significativa, com a gasolina apresentando um deságio de R$ 0,37 e o diesel R$ 0,85.

A pressão para reajustes é crescente, conforme indicado por Sérgio Araújo, presidente da Abicom, que afirma que os ajustes são necessários para garantir a importação de combustíveis e a competitividade dos produtores privados. O último aumento na gasolina ocorreu em julho de 2023, e a Genial Investimentos estima que, para alinhar os preços ao mercado global, a gasolina deveria custar cerca de R$ 3,19 e o diesel R$ 4,37, sugerindo aumentos de 4,5% e 18%, respectivamente.

O cenário atual é agravado pela valorização do dólar, que recentemente superou R$ 6, e o aumento do ICMS, que pode levar a um repasse de custos aos consumidores. A gasolina, que teve um impacto acumulado de 9,71% no IPCA em 2024, é um fator crucial na inflação. O banco Itaú já revisou sua projeção de inflação para 2025, aumentando-a de 4,2% para 5,0%, considerando os efeitos da depreciação do real e o encarecimento dos combustíveis.

Enquanto isso, os preços do petróleo caíram devido a preocupações com o aumento da produção nos EUA. Atualmente, os preços da gasolina e do diesel da Petrobras estão 4% e 6% abaixo das bandas de preço. O Itaú BBA sugere que a Petrobras pode esperar para ajustar os preços, enquanto a Genial Investimentos não vê espaço para reajustes, dado que os preços estão desalinhados em relação ao mercado externo. O segmento de Refino, Transporte e Comercialização (RTC) da Petrobras, que representa 10% a 14% do EBITDA, pode ser pressionado, embora o segmento de Exploração & Produção possa compensar essas perdas.

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