Economia

Davos destaca Trump como favorito das empresas enquanto Brasil é ignorado

O Brasil teve menor visibilidade no Fórum Econômico Mundial, segundo executivos. A presença de Donald Trump dividiu opiniões entre analistas e empresários. A transição energética se consolidou como prioridade, apesar de tensões políticas. O discurso liberal do Fórum perdeu consenso com a presença de líderes polêmicos. Não surgiram novas crises, mas preocupações com inflação e clima dominaram debates.

Presidente Donald Trump em conferência de vídeo transmitida em telão gigante no Fórum Econômico Mundial, em Davos (Foto: Fabrice Coffini/AFP)

Presidente Donald Trump em conferência de vídeo transmitida em telão gigante no Fórum Econômico Mundial, em Davos (Foto: Fabrice Coffini/AFP)

Ouvir a notícia

Davos destaca Trump como favorito das empresas enquanto Brasil é ignorado - Davos destaca Trump como favorito das empresas enquanto Brasil é ignorado

0:000:00

O encontro anual do Fórum Econômico Mundial em Davos, encerrado na sexta-feira (24), apresentou um clima mais otimista em comparação ao início da semana. Apesar de sua diminuição de impacto, o evento ainda atrai líderes políticos, financeiros e intelectuais. David Velez, CEO do Nubank, destacou que "ninguém fala do Brasil", evidenciando a falta de foco no país, que não é considerado um destino atrativo para investimentos. As preocupações fiscais e a percepção de um aumento no déficit brasileiro têm afastado investidores, que se mostram cautelosos, especialmente após as promessas de Donald Trump de sobretaxar importações.

A presença reduzida do Brasil em Davos, com apenas o ministro Alexandre Silveira representando o país, também foi um fator negativo. Erasmo Battistella, CEO da Be8, ressaltou que a ausência de uma delegação robusta limita as oportunidades de diálogo e promoção do Brasil como um destino para energia limpa. O tradicional jantar sobre a América Latina não contou com autoridades brasileiras, reforçando a ideia de que o país está perdendo espaço nas discussões internacionais.

O discurso de Trump, transmitido por telão, dividiu opiniões. Enquanto analistas expressaram preocupações sobre a política econômica inflacionária do presidente, empresários mostraram-se otimistas com a desregulamentação prometida. James Quincey, CEO da Coca-Cola, afirmou que "ainda estou otimista", apesar das incertezas. A transição energética foi um tema central, com líderes reconhecendo que a agenda ambiental é irreversível, mesmo diante de políticas que favorecem combustíveis fósseis.

Por fim, o Fórum refletiu uma diversidade de opiniões, com a presença de figuras como Javier Milei, que desafiou o consenso liberal tradicional. Embora preocupações com crises globais persistam, como a guerra na Ucrânia e a inflação, não há novas grandes crises no horizonte, o que diminui a urgência das discussões. A falta de um tema unificador e a multiplicidade de crises menores podem ter contribuído para uma atmosfera menos vibrante em comparação a anos anteriores.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela