Economia

Estatais federais acumulam déficit de R$ 6,7 bilhões em 2024, diz Banco Central

As estatais federais tiveram um déficit de R$ 8 bilhões em 2024, um aumento drástico. A ministra Esther Dweck defende que o rombo é resultado de investimentos com caixa. Apenas sete estatais estão realmente no vermelho, segundo Dweck. O Banco Central considera apenas receitas e despesas, gerando polêmica sobre os dados. A dívida bruta do governo geral encerrou 2024 em 76,1% do PIB, com riscos fiscais crescentes.

MAU EXEMPLO Correios: prejuízo está entre os maiores reportados por estatais (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

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As estatais federais do Brasil encerraram 2024 com um déficit de R$ 6,7 bilhões, conforme divulgado pelo Banco Central (BC) em 31 de janeiro. Este valor representa um aumento significativo em relação ao déficit de R$ 656 milhões registrado em 2023. Quando consideradas as estatais estaduais e municipais, o rombo totalizou R$ 8 bilhões, comparado a R$ 2,3 bilhões no ano anterior. O BC considera apenas as entradas e saídas de recursos das estatais para calcular esses números, o que gerou críticas do Ministério da Gestão.

A ministra da Gestão, Esther Dweck, defendeu que o déficit não representa um prejuízo contábil, pois muitos investimentos foram financiados com recursos acumulados em anos anteriores. Segundo Dweck, apenas sete estatais estariam realmente no vermelho. As demonstrações financeiras de 2024 devem ser publicadas em meados do ano. O Brasil possui 123 estatais federais, das quais 17 dependem do Tesouro Nacional, enquanto 44 são independentes.

Em 2023, 27 estatais apresentaram prejuízo contábil, totalizando R$ 5,3 bilhões. A PNBV, controlada pela Petrobras, liderou as perdas com R$ 1,3 bilhão. Apesar da situação, o presidente Lula comemorou a redução do déficit primário do governo central para 0,09% do PIB, mas os dados do BC indicam que essa celebração pode ser prematura, já que a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) atingiu 76,1% do PIB, equivalente a R$ 9 trilhões.

Analistas econômicos questionam a interpretação do déficit. Dweck afirmou que muitos gastos das estatais são com recursos que já estavam em caixa, e que a maioria das empresas com déficit ainda apresentará lucro. No entanto, economistas como Elena Landau alertam que a situação fiscal é preocupante e que o governo deve ser cauteloso com os investimentos realizados. A análise da situação fiscal das estatais continua a ser um tema relevante no debate econômico nacional.

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