11 de fev 2025
Argentina se torna o país mais caro da América Latina com café a 3,5 dólares
Javier Milei, presidente da Argentina, criticou o peso durante a campanha de 2023. Um ano após assumir, a inflação caiu para menos de 3%, mas sem dolarização. A estratégia de Luis Caputo resultou em preços elevados, tornando a Argentina a mais cara da região. Milei enfrenta críticas de economistas, incluindo Domingo Cavallo, sobre sua política econômica. O presidente busca convencer investidores de que não haverá depreciação do peso argentino.
Foto: Reprodução
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O presidente da Argentina, Javier Milei, que em 2023 afirmava que o peso "não vale nem excremento", conseguiu reduzir a inflação para menos de 3% ao mês, mas não implementou a dolarização nem fechou o Banco Central. A estratégia do ministro da Economia, Luis Caputo, focou em emissão zero e controle cambial, resultando em um aumento dos preços em dólares, apesar da inflação em pesos ter diminuído. Atualmente, Buenos Aires é considerada a cidade mais cara da América Latina, com preços de café e refeições significativamente mais altos do que em outras capitais da região.
O aumento dos preços em dólares levou a classe média e alta a comprar produtos no exterior, especialmente após a redução de tarifas e a facilitação da importação. Muitos argentinos têm viajado para praias no Brasil e Uruguai, além de fazer compras em países vizinhos, como Chile e Paraguai, em busca de preços mais acessíveis. O salário mínimo argentino, embora ligeiramente superior ao do Brasil, é inferior ao de países como Chile e México, o que agrava a situação.
Economistas, como Juan Carlos Hallack, alertam para os riscos de um atraso cambial, que pode afetar a balança comercial e a conta corrente do país. Milei, por sua vez, espera que investimentos estrangeiros cheguem em breve, além de aguardar um aporte de 12 bilhões de dólares do FMI para fortalecer as reservas do Banco Central, que atualmente estão negativas em 6 bilhões de dólares. Ele defende sua política econômica e nega que o peso esteja sobrevalorizado, apesar das críticas.
Recentemente, Milei se envolveu em uma disputa com Domingo Cavallo, ex-ministro da Economia, que criticou a valorização do peso e sugeriu a remoção do controle cambial. Milei respondeu de forma contundente, afirmando que sua abordagem é mais eficaz do que a convertibilidade do passado e que não haverá uma nova depreciação do peso. Além disso, ele expulsou Sonia Cavallo, filha do ex-ministro, de seu cargo na OEA, alegando que ela estava sabotando seu programa econômico.
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