13 de fev 2025
Citi conclui plano trienal e avalia reter lucros no Brasil para impulsionar crescimento
O Citi completou em 2024 um plano trienal, com crescimento em vários indicadores. Lucro no Brasil atingiu R$ 2,3 bilhões, mas foi impactado por reestruturações. Banco considera reter mais lucro localmente para impulsionar crescimento. Ativos cresceram 24%, consolidando o Citi como maior banco dos EUA no Brasil. Processo de simplificação resultou em cortes de 127 funcionários e novos investimentos.
Marcelo Marangon: “O grupo vai apoiar um novo plano de crescimento para o Brasil. Agora estamos definindo a intensidade” (Foto: Rogerio Vieira/Valor)
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O Citi finalizou em 2024 seu plano trienal no Brasil, alcançando um crescimento de 50% em sua franquia. Os principais indicadores mostraram resultados expressivos: a margem financeira aumentou 114%, os ativos cresceram 69% e a base de depósitos subiu 72%. No entanto, o lucro teve um aumento mais modesto de 35%, impactado pelos custos da reestruturação global do banco. Um novo plano trienal deve ser anunciado em breve, com foco em aumentar a participação no mercado com os clientes atuais.
Os resultados positivos no Brasil levaram o Citi a considerar reter uma parte maior de seu lucro no país, ao invés de transferi-lo para os EUA. O lucro líquido em 2023 foi de R$ 2,3 bilhões, quase todo enviado como dividendo para a matriz em Nova York. Marcelo Marangon, CEO do Citi no Brasil, afirmou que o Brasil é um mercado estratégico e que a retenção de parte dos resultados está sendo discutida para impulsionar o crescimento.
Os ativos do Citi no Brasil cresceram 24%, totalizando R$ 226 bilhões, consolidando sua posição como o maior banco dos EUA no país. A carteira de crédito aumentou 7,7% para R$ 56 bilhões, enquanto os depósitos subiram 21% para R$ 81 bilhões. Marangon destacou que há apetite para aumentar os empréstimos aos clientes atuais, embora o aperto monetário no país tenha reduzido a disposição do banco em aceitar novos clientes.
O Citi também implementou cortes de 127 funcionários no Brasil, resultando em aproximadamente 2.020 empregados atualmente. O processo de simplificação e reposicionamento gerou despesas adicionais de R$ 700 milhões em 2024. Apesar disso, a margem financeira disparou para R$ 6,8 bilhões, um aumento de 39% em um ano, refletindo o reposicionamento da franquia no Brasil, segundo Marangon.
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