13 de fev 2025
Shein foca no marketplace no Brasil e enfrenta desafios com a 'taxa das blusinhas'
A Shein enfrenta desafios no Brasil devido à "taxa das blusinhas", que impõe 20% de imposto sobre compras internacionais de até US$ 50. A empresa revelou que 60% de seu faturamento no Brasil vem de vendas de terceiros, com a meta de aumentar para até 50 mil vendedores. A Shein planeja expandir suas operações para cinco novos estados e diversificar seu portfólio, incluindo livros e alimentos. Apesar das dificuldades na produção local, a meta é que 85% das vendas sejam de produtos nacionais até 2026. A taxação pode ter impulsionado o marketplace, com consumidores migrando de compras internacionais para vendedores locais.
Foto: Reprodução
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A Shein, varejista chinesa de fast fashion, busca fortalecer seu marketplace no Brasil em meio à desaceleração das vendas internacionais, impactadas pela “taxa das blusinhas”, que impõe um imposto de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50. A empresa projeta que 85% de suas vendas no Brasil serão provenientes do mercado nacional até o final de 2026, com 30 mil vendedores e 50 milhões de consumidores na plataforma. O CEO da Shein no Brasil, Felipe Feistler, destacou que o país foi o primeiro a receber o marketplace da marca, que já gerou mais de 50 mil empregos diretos e indiretos.
Desde a adoção do modelo de marketplace em 2023, 60% do faturamento da Shein no Brasil provém de produtos de terceiros. A meta é expandir para 40 mil a 50 mil vendedores até o final do ano, com operações em cinco novos estados. A empresa enfrenta desafios para replicar seu modelo de manufatura chinês, mantendo o número de fábricas locais estagnado em cerca de 300. Feistler afirmou que a flexibilidade da indústria nacional é limitada, o que dificulta a produção rápida e sob demanda.
A Shein já investiu mais de R$ 300 milhões no Brasil e planeja criar 100 mil empregos até 2026. A empresa também busca parcerias com 2 mil fábricas locais, embora a parceria com a Coteminas esteja em espera devido a questões financeiras. Apesar das dificuldades, a Shein mantém a meta de aumentar a produção local, com 40% dos produtos vendidos atualmente vindo da China ou de fabricantes locais.
A taxação de importações, segundo Feistler, impactou o custo dos produtos importados em cerca de 22%, reduzindo o acesso a itens que não estão disponíveis no mercado local. No entanto, essa situação pode ter impulsionado o crescimento do marketplace, com consumidores migrando para vendedores brasileiros. A Shein continua a investir em sua presença no Brasil, buscando adaptar-se às particularidades do mercado local e expandir sua operação.
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