04 de mar 2025

Café da Chapada Diamantina ganha selo de origem e impulsiona pequenos produtores
O café da Chapada Diamantina recebeu o selo de Denominação de Origem (DO) em 2024, valorizando a produção local. Pequenos produtores, como Sivaldo Luz e Isabela Azevedo, investem em marcas próprias e técnicas sustentáveis, aumentando a renda. A produção de café em 2024 foi de 3,4 milhões de sacas, com expectativa de crescimento para 2025. O diferencial do café da Chapada é o terroir, influenciado pela altitude e clima ameno da região. A Bahia é a quarta maior produtora de café arábica do Brasil, com 34% da produção na Chapada.
Foto:Reprodução
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O selo de identificação geográfica concedido ao café da Chapada Diamantina, na Bahia, tem incentivado pequenos produtores a desenvolverem suas próprias marcas e blends do arábica. A Denominação de Origem (DO) foi oficializada no final de 2024 pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), reconhecendo a autenticidade do café de 24 municípios, o que representa um marco para a cafeicultura baiana. A produção é majoritariamente realizada por pequenos agricultores que utilizam árvores frutíferas para sombrear os cafezais, uma prática que valoriza a biodiversidade local.
Historicamente, a região enfrentou dificuldades nos anos 1970, quando muitos produtores abandonaram o cultivo devido a preços baixos e doenças. Contudo, cidades como Piatã e Ibicoara têm se destacado na retomada do setor, recebendo prêmios desde 2019. O presidente da Cooperativa dos Produtores Rurais de Ibicoara e Chapada (Copric), Sivaldo da Silva Luz, afirma que a denominação de origem torna a atividade mais atrativa, especialmente com a recente alta nos preços do café no mercado internacional, que mais que dobraram em um ano.
O diferencial do café da Chapada reside no seu terroir, influenciado pela altitude e clima ameno, além do cuidado manual na colheita. Luz, que cultiva café, morango e banana, destaca que a certificação trouxe um aumento significativo na renda dos produtores. Ele relata que a crise anterior levou ao empobrecimento da comunidade, mas agora a situação é promissora, com o café se tornando uma fonte vital de sustento.
Os cafés da Chapada, classificados como "cafés diferenciados", podem custar entre 15% e 50% a mais que o café tradicional. A Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) informa que os produtores podem obter até R$ 600 a mais por saca de 60 quilos em comparação ao café convencional. Em 2024, a produção de café na Bahia alcançou 3,4 milhões de sacas, com 34% desse total proveniente da Chapada. A expectativa é que a produção chegue a 3,6 milhões de sacas neste ano, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
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