Economia

Safra de açúcar no Brasil enfrenta desafios devido à seca, alertam produtores e traders

Produtores de açúcar enfrentam desafios devido à seca que afeta a cana. Louis Dreyfus e Sucres et Denrees cortaram estimativas para 595 e 600 milhões de toneladas. Excedente global de açúcar se torna incerto, impactando o mercado. Chuvas em março e abril são essenciais para evitar perdas significativas. Futuros de açúcar bruto caíram 13% em um ano, refletindo a oferta e demanda.

Previsões de seis analistas e traders reunidas pela Bloomberg ainda apontam para uma produção de açúcar entre 40 milhões a 42 milhões de toneladas. (Foto: Paulo Fridman/Bloomberg)

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Produtores e traders de açúcar no Brasil enfrentam um início de safra desafiador, com expectativas de colheita de cana sendo reduzidas devido ao clima seco. A Louis Dreyfus revisou sua previsão de cana processada no Centro-Sul para 595 milhões de toneladas, uma queda em relação às 599 milhões estimadas anteriormente. O diretor comercial da Dreyfus, Guilherme Correia, destacou que a expectativa de um excedente global de açúcar se tornou mais incerta durante a conferência Datagro Abertura de Safra Cana, Açúcar e Etanol, realizada em Ribeirão Preto.

A Sucres et Denrees também expressou preocupações sobre a possibilidade de uma redução nas estimativas de 600 milhões de toneladas de cana moída, conforme mencionado pelo trader sênior Ulysses Carvalho. Ele alertou que algumas usinas podem atrasar o início da colheita devido ao desenvolvimento lento da safra. Nos últimos doze meses, os futuros de açúcar bruto caíram 13%, refletindo a expectativa de que a produção global superará a demanda, após anos de colheitas fracas que diminuíram os estoques.

Apesar da menor disponibilidade de cana, as usinas brasileiras podem optar por aumentar a produção de açúcar em vez de etanol. Previsões de analistas e traders reunidas pela Bloomberg indicam uma produção de açúcar entre 40 milhões e 42 milhões de toneladas, superior à faixa de 39 milhões a 40 milhões do ano passado. O presidente do grupo de consultoria Datagro, Plinio Nastari, ressaltou que as chuvas em março e abril serão decisivas para evitar perdas, embora ele espere rendimentos mais fracos nos primeiros meses da colheita.

Na região de Minas Gerais, onde a produtora Jalles Machado opera, a escassez de chuvas nos últimos 25 dias já causou impactos negativos. O diretor comercial Henrique Penna de Siqueira mencionou que as perdas podem ser atenuadas se ocorrerem chuvas intensas nas próximas semanas. A situação climática continua a ser um fator crítico para a safra de cana e a produção de açúcar no Brasil.

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