Economia

Eletrobras destina R$ 150 milhões em dividendos a investidores do FGTS após lucro recorde

Eletrobras distribuirá R$ 4 bilhões em dividendos, R$ 150 milhões para pequenos investidores. Lucro líquido de R$ 10,38 bilhões em 2024, alta de 136,2% em relação a 2023. Em 2025, a empresa adotará postura cautelosa devido à volatilidade dos preços de energia. Descotização das hidrelétricas impacta a negociação de energia no mercado livre. Eletrobras prioriza modernização e gestão de ativos, buscando equilíbrio financeiro.

Antiga sede da Eletrobras, no Centro do Rio de Janeiro (Foto: Nadia Sussman / Bloomberg)

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A Eletrobras anunciou que irá distribuir R$ 4 bilhões em dividendos, sendo R$ 150 milhões destinados a pequenos investidores que utilizaram recursos do FGTS para adquirir ações durante a privatização da empresa. O lucro líquido da companhia em 2024 foi de R$ 10,381 bilhões, um aumento de 136,2% em relação ao ano anterior. O pagamento dos dividendos ocorrerá em 13 de maio, com valores de R$ 0,111041503 por ação preferencial e R$ 0,895300835 por ação ordinária. Contudo, os investidores que usaram o FGTS não poderão acessar os dividendos imediatamente, pois eles serão adicionados ao saldo do fundo.

Para 2025, a Eletrobras se prepara para um cenário desafiador, devido à volatilidade dos preços da energia elétrica, influenciada pela redução das chuvas e pelo aumento da geração de energia eólica e solar. A privatização em 2022 resultou na descotização das hidrelétricas, permitindo à empresa negociar energia no mercado livre. Em 2024, as vendas de energia no mercado livre aumentaram 26% em relação ao ano anterior, mas o preço de liquidação das diferenças (PLD) tem apresentado variações significativas, afetando a viabilidade de novos investimentos.

A situação climática tem impactado a geração de energia, com uma seca histórica reduzindo os reservatórios. O PLD, que estava em R$ 61,07 por megawatt-hora (MWh) por dois anos e meio, viu uma alta abrupta, chegando a R$ 317/MWh em março de 2024. A presença crescente de fontes renováveis intermitentes, como eólicas e solares, exigiu maior despacho térmico, complicando ainda mais a estabilidade do sistema elétrico. A participação dessas fontes na matriz elétrica subiu para 36,2% em 2024, comparado a 11,9% em 2019.

Em resposta a esses desafios, a Eletrobras priorizou investimentos em modernização e gestão de ativos, além de reestruturação administrativa. A empresa captou R$ 32 bilhões em 2024, diversificando suas fontes de financiamento e alongando prazos de amortização. O presidente Ivan Monteiro destacou a importância de uma gestão de liquidez robusta para sustentar os investimentos futuros e garantir um equilíbrio entre remuneração ao acionista e crescimento, incluindo novos projetos e fusões e aquisições (M&A).

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