Selic atinge 14,25% ao ano e impacta rendimento de R$ 1.000 na poupança, CDB e Tesouro

O Banco Central do Brasil anunciou, nesta quarta-feira (19), um aumento de 1 ponto percentual na taxa Selic, que agora se estabelece em 14,25% ao ano. Essa elevação impacta diretamente os investimentos em renda fixa, que tendem a oferecer rendimentos mais altos. Embora a caderneta de poupança continue a ser menos atrativa em comparação a outras opções, ela ainda proporciona um retorno que supera a inflação. Títulos como o Tesouro Selic, que acompanha a taxa básica de juros, e aplicações atreladas ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário) também se beneficiam dessa alta.

Atualmente, a poupança apresenta um rendimento de 0,5% ao mês, além da Taxa Referencial (TR), que, após um longo período zerada, agora está positiva, resultando em um retorno estimado de 7,23% ao ano. Essa regra se aplica enquanto a Selic estiver acima de 8,5% ao ano. Caso a taxa fique abaixo desse patamar, o rendimento da poupança é de 70% da Selic ao ano, mais a TR. O buscador de investimentos Yubb foi utilizado para calcular os rendimentos de R$ 1.000 em diferentes aplicações ao longo de um ano, considerando a Selic fixa em 14,25%.

Os cálculos também levaram em conta a tributação sobre os investimentos. Para resgates realizados entre 181 e 360 dias, a alíquota do Imposto de Renda é de 20%. Se o resgate ocorrer após um ano, a taxa é de 17,5%, enquanto que para resgates em até seis meses, a alíquota sobe para 22,5%. A poupança, por sua vez, permanece isenta de IR em qualquer situação, o que a torna uma opção interessante para muitos investidores.

Além disso, é fundamental que os investidores estejam atentos à inflação, que pode afetar o ganho real de suas aplicações. A expectativa de inflação para 2025 é de 5,66%, conforme o Boletim Focus do Banco Central. Esse dado foi utilizado para calcular o rendimento real de cada aplicação, levando em consideração tanto a inflação quanto o imposto de renda.