Maiores laticínios do Brasil captam 10,8 bilhões de litros de leite em 2024

A captação de leite pelos 17 maiores laticínios do Brasil alcançou 10,8 bilhões de litros em 2024, um aumento de 0,7% em relação ao ano anterior, conforme dados da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite). Esse crescimento foi inferior à média do setor, que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou um aumento de 3,1%, totalizando 25,4 bilhões de litros. A produção total de leite, incluindo a industrial e a artesanal, cresceu cerca de 3%, atingindo 35,4 bilhões de litros.

O consumo de leite também apresentou alta, o que ajudou a manter os preços ao produtor, que tiveram um ganho real de 1,9%, com o valor médio de R$ 2,6362 por litro, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). A Lactalis Brasil liderou o ranking de captação, com 2,7 bilhões de litros, um crescimento de 1,3% em relação a 2023. Patrick Sauvageot, presidente da Lactalis Brasil, destacou que o crescimento poderia ser maior, citando o aumento das importações, que subiram 5% em 2024, totalizando 2,3 bilhões de litros.

Em janeiro de 2025, as importações de leite caíram 2,18%, mas em fevereiro houve um aumento de 16,7% em comparação ao mesmo mês do ano anterior. Sauvageot afirmou que a Lactalis pretende aumentar a produção e a competitividade por meio de contratos de longo prazo com cooperativas e produtores, prevendo um leve crescimento na oferta de leite para 2025. O grupo Piracanjuba ficou em segundo lugar no ranking, com 1,9 bilhão de litros, um aumento de 9,5%.

A Unium, que reúne cooperativas, ficou em terceiro, com 1,4 bilhão de litros, apresentando uma queda de 2,6%. A Nestlé, em quarto lugar, teve um leve aumento de 0,4%, totalizando 1 bilhão de litros. A Centroleite destacou-se com o maior crescimento, de 15,2%, enquanto a Tirolez cresceu 11,7%. A captação com produtores parceiros aumentou 2%, totalizando 9,4 bilhões de litros, apesar da redução de 2,9% no número de unidades de produção. A produção média por propriedade cresceu 6,5%, alcançando 541 litros por dia.