24 de mar 2025
Haddad defende novo consignado como solução para superendividamento e medida estrutural
Ministro da Economia, Fernando Haddad, defende novo consignado privado como solução para superendividamento, apesar de críticas à política monetária.
Ministro Haddad: o novo consignado não tem a ver com a conjuntura de inflação elevada (Foto: Reprodução)
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O ministro da Economia, Fernando Haddad, anunciou que o projeto de consignado privado, que estava em desenvolvimento há mais de um ano, visa prevenir o superendividamento das famílias. Ele destacou que essa iniciativa não está relacionada à atual conjuntura econômica e que é responsabilidade do governo criar um ambiente microeconômico mais favorável. Durante o evento "Rumos 2025", Haddad enfatizou que o novo consignado permitirá que trabalhadores da iniciativa privada tenham os mesmos direitos que servidores públicos, além de oferecer uma alternativa às altas taxas de juros enfrentadas por consumidores que tomam empréstimos sem garantia.
Haddad também abordou as críticas sobre o foco do novo consignado em aumentar a popularidade do governo, reafirmando que se trata de uma questão estrutural. Ele explicou que, nos primeiros 120 dias, o uso do novo crédito será restrito à quitação de dívidas mais caras, como aquelas com juros de 5% a 6% ao mês. O ministro argumentou que o superendividamento muitas vezes é resultado das altas taxas de juros, e não apenas das dívidas em si, e que as medidas adotadas visam mitigar esse problema.
O ministro ressaltou que o Banco Central tem seu papel de controlar a inflação, mas que o governo deve focar em criar condições econômicas mais saudáveis. Ele criticou a ideia de que a inflação atual poderia ser um impedimento para a implementação do novo consignado, afirmando que as famílias não devem ser penalizadas por essa situação. Haddad reiterou que o atual sistema de consignado para trabalhadores da iniciativa privada não permite portabilidade e depende de acordos entre bancos e empresas, excluindo a participação dos empregados na discussão.
Por fim, Haddad reafirmou que o novo consignado é uma resposta a uma necessidade de justiça social, permitindo que todos os trabalhadores tenham acesso a condições de crédito mais justas. Ele concluiu que as iniciativas do governo são fundamentais para evitar o superendividamento e que a criação de um ambiente econômico mais favorável é essencial para o desenvolvimento do Brasil.
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