28 de mar 2025
Haddad prevê desvalorização do dólar e critica tarifas de Trump em evento em São Paulo
Haddad prevê desvalorização do dólar ainda em 2024 e reafirma compromisso com metas fiscais, apesar de desafios econômicos e críticas.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad. (Foto: Diogo Zacarias/MF)
Ouvir a notícia:
Haddad prevê desvalorização do dólar e critica tarifas de Trump em evento em São Paulo
Ouvir a notícia
Haddad prevê desvalorização do dólar e critica tarifas de Trump em evento em São Paulo - Haddad prevê desvalorização do dólar e critica tarifas de Trump em evento em São Paulo
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que é possível observar uma desvalorização do dólar ainda neste ano, criticando as tarifas impostas pelo governo de Donald Trump. Durante um evento em São Paulo, Haddad destacou que não vê como a economia dos Estados Unidos pode alcançar equilíbrio sem essa desvalorização, afirmando que as tarifas podem agravar a situação econômica. Ele acredita que a desvalorização do dólar seria benéfica para a saúde da economia americana e poderia aliviar a pressão sobre o Banco Central brasileiro.
Apesar das previsões otimistas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que podem ultrapassar 2%, a equipe econômica reconhece um desaquecimento lento da atividade econômica. O Banco Central elevou a taxa de juros para 14,25% ao ano, enquanto o governo implementa medidas como a liberação de R$ 12 bilhões do FGTS e um novo modelo de crédito consignado, visando estimular a economia. A expectativa é que essas ações ajudem a desacelerar a queda da economia, mesmo que a inflação permaneça alta.
O relatório da Firmus, divulgado pelo Banco Central, indica uma piora no cenário econômico, com empresários prevendo menos investimentos. O economista Samuel Pessoa destacou que a política atual mantém a economia acima da capacidade produtiva, resultando em crescimento, mas também em inflação e aumento da dívida pública. Ele alertou que um ajuste fiscal será necessário, e que um crescimento sustentável é preferível a um crescimento acelerado que leve a uma recessão futura.
Haddad também comentou sobre a popularidade do presidente Lula, que caiu devido a desafios econômicos globais, e defendeu que as medidas do governo, como a isenção de Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil, são reformas estruturais e não estratégias eleitorais. Ele reafirmou o compromisso do governo com a responsabilidade fiscal e a meta de inflação, destacando que a situação econômica atual é complexa e afeta governos em todo o mundo.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.
