Certames previstos para este ano incluem Pará, Pernambuco e Rondônia (Foto: Agência Pará / TV Globo/Reprodução / Silva Junior/MTur)

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Nova rodada de leilões de saneamento promete R$ 70 bilhões em investimentos no Norte e Nordeste - Nova rodada de leilões de saneamento promete R$ 70 bilhões em investimentos no Norte e Nordeste

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O setor de saneamento básico no Brasil deve receber R$ 70 bilhões em investimentos com a realização de 26 leilões programados para este ano, focando nas regiões Norte e Nordeste, que enfrentam desafios históricos em relação ao acesso à água tratada e esgoto. De acordo com a Associação Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon), cerca de 26,3 milhões de pessoas serão beneficiadas em 849 cidades. O primeiro leilão ocorrerá no Pará, no dia 11 de abril, e faz parte de um conjunto de projetos estruturados pelo BNDES, que também inclui leilões em Pernambuco, Paraíba, Rondônia e Minas Gerais.

Apesar do cenário desafiador, com a Taxa Selic em 14,25% ao ano e a possibilidade de novas altas, especialistas e empresas do setor demonstram otimismo. Nelson Barbosa, diretor de Planejamento do BNDES, destacou que há grandes projetos estaduais em andamento e que os vencedores dos leilões devem buscar financiamento a partir do segundo semestre, quando o ambiente econômico pode ser mais favorável. Ele também mencionou que o interesse no leilão do Pará é significativo, embora a competição possa ser menor em comparação com mercados mais consolidados do Sul e Sudeste.

Luana Pretto, presidente-executiva do Instituto Trata Brasil, alertou para os desafios que os leilões enfrentam, especialmente em relação à gestão do saneamento em áreas rurais e vulneráveis. Ela enfatizou que 32 milhões de pessoas ainda não têm acesso à água tratada e que a universalização do saneamento deve ser acompanhada de ações que garantam a eficiência do sistema. A Agência Nacional de Águas e Saneamento é responsável pela regulação, mas enfrenta a dificuldade de coordenar mais de cem agências regionais, muitas das quais carecem de estrutura técnica adequada.

A modelagem dos leilões e os investimentos necessários para a universalização são cruciais para o sucesso das iniciativas. Luiz Gronau, sócio-diretor da A&M Infra, apontou que a demanda pode ser maior em Pernambuco, enquanto a complexidade técnica e o formato dos contratos influenciarão o interesse em outros estados. Daniel Engel, sócio da área de Infraestrutura do Veirano Advogados, acredita que, apesar do cenário econômico desafiador, a qualidade dos ativos leiloados pode atrair propostas de investidores consolidados e novos entrantes.

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