Passagem do metrô no Rio tem aumento de 5,33% e chega a R$ 7,90, a mais cara do Brasil

A partir de sábado, 12 de abril, a tarifa do metrô do Rio de Janeiro aumentará de R$ 7,50 para R$ 7,90, um reajuste de 5,33% autorizado pela Agetransp, agência reguladora de transportes. O cálculo do aumento considera a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos últimos doze meses. Comparando com outras capitais, a tarifa carioca é a mais alta do Brasil, enquanto São Paulo cobra R$ 5,20 e Belo Horizonte, R$ 5,50.

O aumento gerou descontentamento entre os usuários, que já reclamam da qualidade do serviço e da falta de acessibilidade. A professora Heloísa Monteiro, moradora do Caxambi, destacou a lotação nos horários de pico, afirmando que "pagamos quase R$ 8 e não temos o mínimo de dignidade". Além disso, usuários como o aposentado José Carvalho Marinho relataram dificuldades de acesso em estações devido a elevadores fora de serviço.

Em resposta às críticas, o MetrôRio afirmou que todas as estações possuem equipamentos de acessibilidade, com uma taxa de funcionamento de 95%. A Secretaria de Estado de Transporte e Mobilidade Urbana (Setram) explicou que o reajuste segue o contrato de concessão e que o governo estadual tem contribuído com um desconto de R$ 0,30 para mitigar aumentos. Um estudo do Tribunal de Contas do Estado (TCE) questiona a mudança nos índices de reajuste, que passou do IGP-M para o IPCA.

Durante a cerimônia de assinatura de documentos para obras na Estação Gávea, manifestantes protestaram contra o aumento, com cartazes criticando o valor da tarifa. A Setram informou que o novo contrato do sistema metroviário, em fase final, permitirá a criação da "Tarifa RJ", que não será mais baseada na tarifa técnica, visando uma redução no valor da passagem.