Economia

Proposta sugere mudança no regime fiscal para garantir previsibilidade nos gastos públicos

Proposta para 2027 sugere transição de metas operacionais para indicativas, visando um teto de gastos mais realista e previsível.

Todo governo, no primeiro ano de gestão, apresentaria por meio de projeto de lei a taxa de crescimento real do gasto para os anos dois a quatro de sua gestão e o ano um da seguinte (Foto: André Dusek/Estadão)

Todo governo, no primeiro ano de gestão, apresentaria por meio de projeto de lei a taxa de crescimento real do gasto para os anos dois a quatro de sua gestão e o ano um da seguinte (Foto: André Dusek/Estadão)

Ouvir a notícia

Proposta sugere mudança no regime fiscal para garantir previsibilidade nos gastos públicos - Proposta sugere mudança no regime fiscal para garantir previsibilidade nos gastos públicos

0:000:00

Novo regime fiscal em debate para 2027 pode trazer mais previsibilidade ao orçamento

O governo federal avalia uma mudança no regime fiscal do país, substituindo as metas operacionais atuais por metas indicativas a partir de 2027. A proposta visa dar maior previsibilidade ao planejamento orçamentário e permitir um controle mais realista dos gastos públicos. A discussão busca o apoio do mercado financeiro para prosperar.

Nos últimos 25 anos, o Brasil adotou um sistema de metas fiscais que, embora benéfico, se mostrou limitante para a gestão pública. O modelo atual, baseado em alvos de política e relatórios bimestrais, cumpriu seu papel, mas dificulta o planejamento de investimentos a longo prazo.

A nova proposta sugere a definição de um teto de gastos condicionado à austeridade, com um crescimento real da despesa limitado, por exemplo, ao IPCA + 1,5%, sem teto máximo. A ideia é que cada governo apresente, no primeiro ano de gestão, a taxa de crescimento real do gasto para os próximos quatro anos, por meio de um projeto de lei.

O resultado primário, diferentemente do que ocorre hoje, seria apenas uma previsão indicativa. Em caso de bom desempenho da receita, o resultado seria melhor do que o esperado, e o contrário ocorreria em cenários de arrecadação frustrante. O governo ajustaria a política fiscal no ano seguinte, seja reduzindo impostos ou apertando o controle de gastos.

A cada quatro anos, o país reavaliaria o cenário fiscal. Se os resultados foram negativos, o crescimento real do gasto seria reduzido. Em caso de sucesso, seria possível aumentar a margem de crescimento, sempre com foco na sustentabilidade fiscal e na manutenção da receita.

A proposta busca um sistema de execução da despesa mais organizado e sem sobressaltos, permitindo que analistas compreendam as regras do jogo e que gestores públicos planejem investimentos com maior segurança. A iniciativa visa conciliar a responsabilidade fiscal com a necessidade de um planejamento orçamentário eficiente.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela