18 de abr 2025
Proposta sugere mudança no regime fiscal para garantir previsibilidade nos gastos públicos
Proposta para 2027 sugere transição de metas operacionais para indicativas, visando um teto de gastos mais realista e previsível.
Todo governo, no primeiro ano de gestão, apresentaria por meio de projeto de lei a taxa de crescimento real do gasto para os anos dois a quatro de sua gestão e o ano um da seguinte (Foto: André Dusek/Estadão)
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Novo regime fiscal em debate para 2027 pode trazer mais previsibilidade ao orçamento
O governo federal avalia uma mudança no regime fiscal do país, substituindo as metas operacionais atuais por metas indicativas a partir de 2027. A proposta visa dar maior previsibilidade ao planejamento orçamentário e permitir um controle mais realista dos gastos públicos. A discussão busca o apoio do mercado financeiro para prosperar.
Nos últimos 25 anos, o Brasil adotou um sistema de metas fiscais que, embora benéfico, se mostrou limitante para a gestão pública. O modelo atual, baseado em alvos de política e relatórios bimestrais, cumpriu seu papel, mas dificulta o planejamento de investimentos a longo prazo.
A nova proposta sugere a definição de um teto de gastos condicionado à austeridade, com um crescimento real da despesa limitado, por exemplo, ao IPCA + 1,5%, sem teto máximo. A ideia é que cada governo apresente, no primeiro ano de gestão, a taxa de crescimento real do gasto para os próximos quatro anos, por meio de um projeto de lei.
O resultado primário, diferentemente do que ocorre hoje, seria apenas uma previsão indicativa. Em caso de bom desempenho da receita, o resultado seria melhor do que o esperado, e o contrário ocorreria em cenários de arrecadação frustrante. O governo ajustaria a política fiscal no ano seguinte, seja reduzindo impostos ou apertando o controle de gastos.
A cada quatro anos, o país reavaliaria o cenário fiscal. Se os resultados foram negativos, o crescimento real do gasto seria reduzido. Em caso de sucesso, seria possível aumentar a margem de crescimento, sempre com foco na sustentabilidade fiscal e na manutenção da receita.
A proposta busca um sistema de execução da despesa mais organizado e sem sobressaltos, permitindo que analistas compreendam as regras do jogo e que gestores públicos planejem investimentos com maior segurança. A iniciativa visa conciliar a responsabilidade fiscal com a necessidade de um planejamento orçamentário eficiente.
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