Agência do trabalhador em Brasília (Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo)

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Brasil registra queda na pobreza, mas desigualdade ainda persiste em níveis elevados - Brasil registra queda na pobreza, mas desigualdade ainda persiste em níveis elevados

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O Brasil registrou uma queda na taxa de pobreza para 20,9% em 2024, conforme dados do Banco Mundial. Isso representa cerca de 45,8 milhões de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza. O número de pessoas que ascenderam às classes ABC aumentou em 14,8 milhões, o que equivale à população combinada de Portugal e Uruguai.

O aumento na renda real do trabalho da metade mais pobre foi de 10,7% em termos reais apenas em 2024. A média salarial real subiu 4,8%, superando o crescimento de 3% do salário mínimo. Os maiores avanços foram observados em áreas rurais, entre jovens e negros, com aumentos de 1,3%, 0,8% e 0,8%, respectivamente.

Apesar da redução na pobreza, a alta de 7,7% nos preços dos alimentos impactou negativamente o poder de compra das famílias mais vulneráveis. Este é o quarto ano consecutivo de queda na taxa de pobreza, mas o ritmo de redução está diminuindo. Em 2023, a queda foi de quase 2 pontos percentuais, enquanto em 2022 foi de 5 pontos percentuais.

Desafios Futuros

A expectativa para 2025 é de que a taxa de pobreza melhore novamente, mas em um ritmo mais lento. O crescimento econômico, que foi de 3,4% em 2024, deve cair para 1,8% em 2025, devido a altas taxas de juros e incertezas políticas. O consumo das famílias também deve desacelerar, refletindo a diminuição dos ganhos no mercado de trabalho.

O Banco Central aponta que a rigidez orçamentária e a indexação do crescimento das despesas comprometem a eficiência dos gastos públicos. Para reverter a trajetória da dívida, é necessário um ajuste fiscal de 3% do PIB. Além disso, reformas no sistema de aposentadorias e uma proposta de reforma do Imposto de Renda são recomendadas para ampliar a base tributária.

A desigualdade, medida pelo índice de Gini, permanece elevada em 51,7% em 2024, evidenciando que, apesar das melhorias, desafios significativos ainda persistem no combate à pobreza e à desigualdade no Brasil.

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