Economia

Brasil avança no Índice de Desenvolvimento Humano e atinge 84ª posição global

Brasil avança no IDH, mas desigualdade e estagnação na educação preocupam. Índice ajustado cai para 0,594, revelando disparidades alarmantes.

Prédio de luxo faz divisa com a favela Paraisópolis, em São Paulo (SP) (Foto: Tuca Vieira - 2.dez.10/Folhapress)

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O Brasil avançou cinco posições no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e ocupa agora a 84ª posição entre 193 países, com um índice de 0,786. O relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), divulgado em seis de dezembro de 2023, mostra que o país superou os dados de 2019, antes da pandemia.

Os dados revelam que, apesar do progresso em renda e saúde, a educação estagnou. A escolaridade média permanece em 8,43 anos e a expectativa de escolaridade em 15,79 anos. O Brasil, que tinha um PIB per capita de US$ 12.178 em 1990, agora alcançou US$ 18.011. A expectativa de vida ao nascer subiu de 65,86 para 75,85 anos.

Desigualdade Persistente

A desigualdade social continua a ser um grande desafio. O IDH ajustado para desigualdade caiu para 0,594, resultando em uma perda de 21 posições no ranking. Os 40% mais pobres da população detêm apenas 11,3% da renda, enquanto os 10% mais ricos acumulam 41%. Esse cenário coloca o Brasil entre os países que mais perdem posições quando a desigualdade é considerada.

O economista Marcelo Neri, da Fundação Getulio Vargas (FGV), destaca que a desigualdade é uma "marca incômoda" do Brasil. O país é o terceiro que mais perde posições no ranking ajustado pela desigualdade, atrás apenas de Barbados e África do Sul.

Impactos da Pandemia

O relatório também aponta que a pandemia teve um impacto significativo na educação. O grupo mais afetado foi o de crianças e jovens, que enfrentaram dificuldades na socialização e alfabetização. Neri acredita que iniciativas como o programa Pé-de-Meia, que oferece renda para adolescentes que permanecem na escola, podem ajudar a melhorar os índices educacionais.

O IDH global, por sua vez, teve um crescimento mínimo, refletindo uma desaceleração sem precedentes. O administrador do Pnud, Achim Steiner, alerta que essa desaceleração pode atrasar o progresso em desenvolvimento humano por décadas, tornando o mundo mais vulnerável a crises econômicas e ecológicas.

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