16 de mai 2025
Desemprego no Brasil atinge 7% no primeiro trimestre de 2025, com desigualdades acentuadas
Desemprego no Brasil atinge 7% no primeiro trimestre de 2025, com desigualdades acentuadas entre gênero e raça, especialmente no Nordeste.
Vagas de emprego para Telemarketing no Rio de Janeiro (Foto: PR/Infoglobo)
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A taxa de desemprego no Brasil subiu para 7% no primeiro trimestre de 2025, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice representa um aumento de 0,8 ponto percentual em relação ao final de 2024, quando a taxa era de 6,2%. Apesar da alta, o número é 0,9 ponto percentual inferior ao mesmo período de 2024, que registrou 7,9%.
O aumento do desemprego foi observado em 12 estados, com destaque para Pernambuco (11,6%), Bahia (10,9%) e Piauí (10,2%). A informalidade atinge 38% da população ocupada, refletindo a vulnerabilidade da economia. Em Pernambuco, a taxa de desemprego entre pretos e pardos chega a quase 14% e 12%, respectivamente.
Entre os grupos mais afetados, as mulheres apresentam uma taxa de desemprego de 8,7%, enquanto a dos homens é de 5,7%. O recorte racial mostra que a taxa de desemprego para pretos é de 8,0% e para pardos, 8,4%, ambas superiores à média nacional. A situação é ainda mais crítica entre os jovens: a taxa de desemprego na faixa de 14 a 17 anos é de 26,4%, e entre 18 a 24 anos, chega a 14,9%.
Desigualdades Persistentes
O cenário de desigualdade no mercado de trabalho é evidente. Em 2025, a composição da população desocupada mudou, com os pardos representando 50,6% dos desempregados, enquanto a participação dos brancos caiu para 34,3%. A escolaridade também influencia os dados: pessoas com ensino médio incompleto enfrentam uma taxa de desemprego de 11,4%.
A elevação da taxa de desemprego é atribuída a fatores sazonais, como o fim de contratos temporários. O analista da pesquisa do IBGE, William Kratochwill, destacou que o aumento foi menor que a média histórica para o primeiro trimestre, que é de 1,1 ponto percentual. Apesar do aumento, a taxa de 7% é a menor para um primeiro trimestre desde o início da série histórica em 2012.
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