Economia

Inflação dos alimentos deve ser impactada pela gripe aviária e sazonalidade

Queda na inflação da alimentação em maio traz alívio; deflação é esperada em junho e julho, mas preços devem subir novamente em agosto.

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Os dados do IPCA-15 de maio revelam uma queda acentuada na inflação da alimentação no domicílio, que passou de 1,29% em abril para 0,30% em maio. A expectativa é que essa desaceleração persista nos próximos meses, conforme analisa Fábio Romão, economista da LCA Consultores. A redução sazonal dos preços nesta época do ano é um fator importante, mas neste ano, a situação é intensificada pela gripe aviária no Sul do Brasil.

Atualmente, 24 parceiros comerciais bloquearam as compras de carne de frango e subprodutos de aves do Brasil, enquanto 13 países suspenderam importações de regiões afetadas. As projeções da LCA indicam que a alimentação no domicílio deve registrar uma leve alta de 0,06% em maio, seguida de deflação de -0,35% em junho e 0,17% em julho. A partir de agosto, espera-se um aumento mais consistente nos preços.

Impactos da Gripe Aviária

A ampliação temporária da oferta de aves, devido às restrições impostas pela gripe aviária, pode resultar em preços mais baixos para carnes em junho e julho. Essa situação pode levar os consumidores a migrar da carne bovina para a de frango, impactando o mercado. Além disso, a demanda por milho caiu, uma vez que a avicultura está reduzindo sua produção, o que também contribui para a diminuição dos preços.

A LCA observa que o aumento no preço do bezerro em comparação ao boi gordo sugere que a pecuária já se prepara para uma recuperação. A expectativa é que, após a fase crítica da gripe aviária, que deve durar até julho, os preços da carne voltem a subir, especialmente a partir de agosto e ao longo de 2025.

Projeções para o Ano

A LCA revisou a previsão de alta nos preços da alimentação no domicílio para 7,6% até o final do ano, abaixo da estimativa anterior de 8,2%. Essa revisão é atribuída a boas safras de algumas commodities e à redução dos preços de alimentos frescos, que já estão sendo percebidos no atacado e devem chegar ao consumidor em breve. Apesar das flutuações mensais, a projeção da inflação para o ano permanece em 5,5%.

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