Brasil melhora no IDH, mas ainda está atrás de Irã e Bósnia no ranking global

O Brasil alcançou a 84.ª posição no ranking global de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) em 2023, conforme divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) nesta terça-feira, 6. O índice brasileiro subiu para 0,786, classificando o país na faixa de “alto desenvolvimento humano”.

Em 2022, o Brasil ocupava a 89.ª posição com um IDH de 0,760, refletindo uma queda no desenvolvimento humano devido à pandemia de covid-19. A recuperação observada de 2022 para 2023, com um avanço de cinco posições, é um sinal positivo, mas o país ainda está atrás de nações como Peru, México e Colômbia.

Desafios e Progresso

O relatório da ONU destaca que, apesar da recuperação, o progresso no desenvolvimento humano global não retornou à trajetória esperada antes de 2020. A pandemia causou uma desaceleração que afeta todas as regiões do mundo, atrasando o alcance de um IDH global muito alto, anteriormente projetado para 2030.

Adam Steiner, administrador do Pnud, enfatiza que uma abordagem centrada nos seres humanos em relação à inteligência artificial pode ser fundamental para reescrever as diretrizes do desenvolvimento e impulsionar o progresso global. O documento também aponta que o IDH global atingiu 0,756 em 2023, com o menor aumento desde 1990.

Desigualdades Persistentes

O relatório revela um aprofundamento nas desigualdades entre países ricos e pobres, que vinham diminuindo nas últimas décadas. A distância entre nações com IDH muito alto e aquelas com IDH baixo aumentou pelo quarto ano consecutivo, revertendo a tendência anterior de redução das desigualdades.

O IDH é calculado com base em três dimensões: renda, educação e saúde, utilizando diversos indicadores. Criado em 1990, o índice serve como contraponto ao PIB per capita, que considera apenas a dimensão econômica do desenvolvimento.