17 de jun 2025

Brasil registra queda de 0,4% no PIB em abril, segundo Monitor da FGV
PIB do Brasil registra queda de 0,4% em abril, após cinco meses de crescimento, com impactos na agropecuária e na indústria.
Foto: Reprodução
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O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou uma queda de 0,4% em abril de 2025 em comparação a março, conforme dados do Monitor do PIB, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Apesar da retração, o PIB apresentou um crescimento de 1,6% em relação a abril de 2024, com uma taxa acumulada de 3,1% nos últimos doze meses.
A diminuição da atividade econômica em abril foi impulsionada por perdas na agropecuária e na indústria, além de uma desaceleração no consumo das famílias e na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF). Juliana Trece, coordenadora do Monitor do PIB, destacou que essa é a primeira queda após cinco meses de resultados positivos. A base de comparação elevada, devido ao crescimento de 1,3% em março, também contribuiu para essa retração.
Desempenho Setorial
No trimestre encerrado em abril, o PIB cresceu 2,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. O consumo das famílias aumentou 1,9%, embora continue em desaceleração desde o segundo semestre de 2024. A FGV observou que a perda de força no consumo de bens impactou esse resultado, enquanto o consumo de serviços manteve-se estável.
A Formação Bruta de Capital Fixo teve um aumento de 6,9% no mesmo trimestre, mas também apresenta sinais de desaceleração, especialmente em máquinas e equipamentos. As exportações de bens e serviços subiram 1,2%, com destaque para produtos agropecuários e bens de capital, embora a contribuição dos bens intermediários tenha diminuído.
Importações e Investimentos
As importações cresceram 12,9% no trimestre até abril, com ênfase em bens de capital e intermediários. Apesar de um aumento nas importações de bens de consumo e produtos agropecuários, esses segmentos não foram suficientes para impulsionar o crescimento geral. O PIB alcançou R$ 4,057 trilhões no acumulado de janeiro a abril, com uma taxa de investimento de 18,3% em abril.
Esses dados revelam um cenário econômico complexo, onde a recuperação enfrenta desafios significativos, refletindo a necessidade de monitoramento contínuo das tendências de crescimento e consumo no Brasil.
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